No que se refere a desmilitarização da polícia, pode-se afirmar que significa um grande risco à soberania do povo brasileiro uma vez que a violência e o poder do Estado aumentarão à medida que ela se instaurar. A paralisação dos Policiais Militares no estado do Espírito Santo e o crescimento exponencial dos crimes que disso resultou, evidenciam a necessidade do combate ao crime e a violência através do uso da força policial. Num país em que o número de mortos em um ano supera o índice de países em guerra, como a Síria, manter uma instituição hierarquizada, disciplinada, com treinamento intensivo e atuação ostensiva torna-se um dos últimos recursos à liberdade do cidadão. Somando a isso, desmilitarizar significa transformar os agentes policiais em funcionários públicos, ou seja, submetidos a ordem do governo. Isso implica no aumento considerável do poder do Estado visto que grande parte da força armada do país estará sob seu controle direto. Esse aumento de poder é prejudicial, pois como disse Montesquieu “E uma experiência eterna de que todos os homens com poder são tentados a abusar” logo, manter essas forças sob o comando de diferentes instituições ajuda a proteger o país de governos autoritários. Essas implicações, portanto, exigem não só a vetação da PEC 51 pelo Congresso como também a criação de leis que favoreçam o trabalho do policial. Esta deve ser feita através do Ministério da Justiça e Segurança Pública aliado ao Poder Legislativo. Além disso, a diminuição do crime não descarta a participação da escola na formação de cidadãos de bem, devendo nelas ser ensinado valores como honestidade e alteridade.