No Brasil, o debate sobre desmilitarização da polícia militar representa uma questão que envolve diversos aspectos sociais. Além disso, a militarização vem sendo um dos motivos para elevados índices de mortes. Submetidos a treinamentos para combater e matar o inimigo externo, os policiais militares são criados em uma cultura de humilhação hierárquica. Todavia, o soldado transfere essa violência a alguém abaixo dele. Um exemplo disso foi durante a manifestação pela revogação do aumento no preço da passagem do transporte público no dia 13 de julho de 2013 em São Paulo, onde a violência policial culminou na agressão de manifestantes. A polícia não se vê como uma entidade para defender os direitos dos manifestantes e sim os encara como um problema, partindo para a agressão. A militarização está por trás dos elevados níveis de violência cometidos por policiais no país. Segundo o relatório nacional de direitos humanos, entre 1993 e 2011, ao menos 22,5 mil pessoas foram mortas em confrontos com policiais paulistas e cariocas. Com a desmilitarização haverá uma aproximação da Polícia Militar com a sociedade civil como também uma maior disciplina e garantia dos direitos humanos já que a classe menos favorecida tem aversão aos policiais pelo fato de estar relacionado a violência. Entende-se que devido aos brutos treinamentos e humilhações aos quais os militares são submetidos, esses acabam descontando nas classes minoritárias, desrespeitando os direitos humanos e passando uma imagem de perigo. É necessário que a ONU garanta efetivamente o direito de ser tratado com isonomia todas as classes como também o desempenho policial disciplinado perante a sociedade. Entidades do Sistema ONU deverão fiscalizar o desempenho dos direitos do cidadão e promover treinamentos humanizados para os policiais bem como cursos sobre prerrogativas humanas. Pois assim estaremos contribuindo para o desenvolvimento humano no Brasil.