A polícia militar é uma instituição secular, pautada na hierarquia e disciplina como arcabouço organizacional. No entanto, está em discussão a possibilidade de desmilitarizar essa corporação tão aguerrida e constituir uma só força, juntamente com outros órgãos. Dessa forma, não só retiraria a essência da instituição como também se tornaria uma polícia mais despreparada para combater o crime e sujeita a aumentar os desvios de conduta, praticado por seus integrantes. Atualmente, um curso de preparação de novos soldados perdura por mais de um ano, dependendo do estado, e após este período o discente está apto para ir às ruas oferecer serviço de segurança á sociedade. No processo de formação o discente é preparado para enfrentar as diversidades do dia-a-dia, atuando desde ocorrências simples até as de alta complexidade. Logo, todo esse processo possui um alicerce militar, baseado em normas e doutrinas que são seguidas na íntegra pela corporação. Além disso, os policiais estão sendo moldados em normas que estão vinculadas a filosofia dos direitos humanos, levando as pessoas, serviço de qualidade. Tudo isso não seria possível caso desmilitarizasse a polícia. Ademais, a polícia militar possui um código de ética que contém os regulamentos a serem seguidos pelos militares, caso haja o desrespeito, a punição é rígida, podendo chegar à exclusão do integrante. Em janeiro de 2007, um policial militar do estado de Minas Gerais, após furtar alguns objetos de uma loja de cosmético, na cidade de Uberlândia, recebeu a punição mais alta, foi expulso da corporação. Em contrapartida, um homem que foi preso por furtar produtos em um mercado na mesma cidade foi encaminhado a delegacia e solto após assinar um termo circunstanciado de ocorrência. Nesse mesmo dia o mesmo homem foi preso novamente pelo mesmo delito e infelizmente, liberado mais uma vez. Portanto, percebe-se que a lei muito mais rígida para o militar e que é inadmissível tais atos praticados pelos integrantes. Afinal, quem presta serviço se segurança deve ser exemplo para a sociedade. Em suma, a desmilitarização da polícia militar não deve ocorrer no Brasil. A fim de que essa situação seja elucidada, deve-se preservar o militarismo e mostrar para a sociedade que a essência militar é o que mantêm a corporação prepara para enfrentar os desafios diversos do dia-a-dia. Para que isso ocorra, deve-se abolir a questão de desmilitarizar a polícia. Além disso, pode-se evidenciar a política de policiamento comunitário voltado para os direitos humanos, em que a polícia, por meio de ações comunitárias, fica mais próximo da sociedade. Há era do policiamento repressivo e truculento não existe mais. Assim, a polícia continuará prestando serviços de qualidade, preparada para combater as mais difíceis missões que possam surgir.