Desde o Império, já se tem conhecimento de homens treinados para proteger a ordem pública, ou seja, a polícia militar. Atualmente, o que temos convivido é com uma polícia que já não é mais respeitada e faz uso de violência não para manter a ordem, mas sim em busca do respeito de que lhe é devido. A desmilitarização e até mesmo a junção das polícias em um órgão tem sido visto, no presente, como uma solução emergencial para o combate à violência policial. Entretanto esse ideia não iria cessar a violência se não houver uma valorização dos policiais na sociedade como um todo . A polícia militar é treinada de forma extremamente rigorosa, levando policiais, muitas vezes, ao seu limite físico e mental. Se a polícia que for usada constantemente para combates em situações de risco, como entrar em presídios quando há rebeliões troca de tiros, dentre outras circunstancias, e se essa polícia fosse treinada da mesma maneira que a polícia investigativa será que os policiais estariam realmente preparados para enfrentar esses riscos diários? Mesmo falhando muitas vezes, o treinamento que são submetidos visa a preparação dos policiais para realidade do crime, sendo perfeitamente comum o enfrentamento com bandidos fortemente armados, muitas vezes até mais que a própria polícia. A solução apresentada para o cenário atual apesar de superficialmente fazer sentido, de nada irá adiantar enquanto não houver respeito por essa profissão essencial. Deve-se buscar um rigoroso acompanhamento psicológico para os policiais, onde os mesmos possam se apoiar, pois a pressão de sair de casa para trabalhar sem saber se voltarão vivos ou não, irá continuar, com ou sem desmilitarização.