De acordo com a ONU, a força policial brasileira é a que mais mata no mundo, criando o debate acerca da desmilitarização da polícia. No entanto, os holofotes não apontam para uma informação também muito importante: a polícia brasileira é despreparada frente a um país com mais de 50 mil assassinatos ao ano, afirmando a necessidade de políticas públicas para defendê-la. O militarismo aplicado à polícia destaca uma importante questão: o objetivo dessa instituição é obter o maior poder possível para reprimir ações ilegais e proteger os cidadãos. É claro que ações truculentas sempre irão existir e devem ser combatidas, porém não é desmilitarizando a instituição, em um país com número de homicídios semelhante a países em guerra, que irá solucionar os problemas da polícia e da violência. Outra questão a ser destacada é a falta de poder de fogo ao cidadão. No Brasil, o Estado detém o monopólio da repressão de ilicitudes e de medidas para garantir a ordem. É comprovado que o estatuto do desarmamento levou a um aumento dos crimes no Brasil. Caso esse estatuto não seja revogado, não há qualquer justificativa para desmilitarizar a polícia, visto que os criminosos teriam mais liberdade para agir sem uma força-tarefa mais dura para impedi-los, juntamente com o não porte de armas para a população, podendo provocar um caos na segurança pública. Portanto, tendo em base os argumentos destacados, é válido afirmar que a desmilitarização não cumpre com o principal papel da polícia: proteger o cidadão. Ao invés disso, deveria haver uma melhor preparação policial por parte do Estado. visto que a polícia brasileira é a que mais morre no mundo. Desmilitarizar a polícia em um país como o Brasil é dar carta branca para criminosos agirem como bem entenderem sem uma instituição forte e eficaz para garantir à população uma segurança pública digna.