Título da redação:

A paz através do caos

Tema de redação: Desmilitarização da polícia militar

Redação enviada em 21/07/2017

Segundo Thomas Hobbes, o estado natural do homem é o de guerra de todos contra todos, cabendo ao leviatã garantir o bem-estar social através da regulação monárquica. Com a extinção da monarquia absolutista no Brasil, tal responsabilidade passou a ser tutelada pelo estado. Com o decorrer dos anos surgiram organizações policias visando à instauração da ordem. Entretanto, o crescente número de casos de abuso de poder policial, vem causando o descontentamento social. Atualmente, a constituição federal estabelece cinco instituições policiais, subdivididas em federais e estaduais. A mais numerosa é a policia militar que segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), conta com um efetivo de 425,2 mil agentes, número relativamente pequeno se compararmos com a população brasileira que gira em torno de 207 milhões. Porém, segundo o relatório da organização Anistia Internacional, a polícia brasileira é a que mais mata se comparada com as demais. Segundo um levantamento do jornal Guardian, as forças policias brasileiras matam em 6 dias o mesmo que as britânicas em 25 anos. Dado que fortalece a ideia de opressão e violência policial no Brasil. Um episódio recente, ocorrido na zona norte do Rio Janeiro deixou três mortos, entre eles, uma estudante de 13 anos, que segundo a perícia, foi morta por um disparo efetuado por um dos agentes. Esse fato serviu para transparecer um acontecimento persistente e frequente, principalmente nas periferias brasileiras. Sob esse prisma, medidas devem ser tomadas. A inserção de cadeiras por parte das instituições, tais como ética e cidadania nos cursos preparatórios dos seus agentes, com o intuito de forma-los cidadãos exemplares além de policiais. Em consonância, a elaboração de um projeto de lei por parte dos deputados, objetivando facilitar a exclusão de policiais de suas corporações se comprovado crimes de homicídio ou abuso de poder. Possibilitando assim, o julgamento de um réu comum, não de um policial.