No Supremo Tribunal Federal, tem-se debatido a respeito da descriminalização da maconha. Caso o uso da Cannabis não fosse mais considerado um crime, significaria um grande avanço no que diz respeito a questão da maconha. Já que os usuários não seriam mais tratados como bandidos e, além disso, significaria um importante passo para a legalização da mesma. A proibição da erva vem se mostrando completamente ineficiente, tendo em vista que o número de usuários continua sendo bastante elevado. Ou seja, a manutenção do status quo serve apenas para que a polícia trate os usuários como marginais, chegando, muitas vezes, a utilizar a violência contra pessoas de bem. Nesse sentido, a descriminalização protegeria o cidadão honesto que quer somente se divertir. Pode-se, ainda, entender a descriminalização como um primeiro passo para o que realmente seria a resolução da questão da maconha: a legalização. Pois, por mais que, agora, o usuário estivesse livre da violência policial, ele continuaria tendo que lidar com o submundo do tráfico, que lucra milhões com esse mercado e vende produtos de baixa pureza, agravando os efeitos negativos dessa droga psicoativa. Concluindo, para que se proteja o usuário tanto da violência policial quanto do submundo do tráfico, é preciso que, a curto prazo, seja descriminalizado o uso e, a longo prazo, seja legalizada a maconha. Uma boa forma de se fazer isso é com o Estado adquirindo o monopólio da produção, pois, além de dar um duro golpe no tráfico de drogas no que tange questões econômicas, o governo poderia investir em campanhas de conscientização da população a respeito dos efeitos colaterais dessa droga psicoativa, utilizando-se de propagandas na televisão e palestras nas escolas.