A descriminalização do porte de drogas é uma realidade em vários países da América do Sul e tem, recentemente, se tornado um assunto de intensa discussão no cenário brasileiro. O apelo a favor da descriminalização da maconha tem ganhado a adesão de diversos setores da sociedade e pode contribuir significativamente no processo de ampliação e defesa dos direitos individuais. Um grande entrave vivenciado pelo Estado brasileiro atual tem sido o combate ao tráfico de drogas, sobretudo o da maconha. Tal processo, no entanto, pode não somente ser combatido, como explorado economicamente através da legalização do porte da droga para consumo próprio. O intenso tráfico da maconha possui ampla proporção no país principalmente pelo fato de o porte da droga se constituir como um processo ilegal, a ponto de os riscos ligados ao tráfico e contrabando serem muito grandes e elevarem significativamente os lucros relacionados a tais transações, de modo que o processo acaba se tornando economicamente atrativo. Vale ressaltar que no Brasil existe um grande contingente de usuários da maconha, assim, a legalização pode movimentar muitos setores da economia, desde a produção até a comercialização, favorecendo o comércio e a geração de empregos. Acima de tudo, o processo da descriminalização do porte de drogas para consumo próprio representa um grande avanço em relação à preservação e garantia dos direitos de escolhas individuais. Dessa maneira, a legalização deve ser estabelecida pelo Estado, bem como o investimento para torná-la economicamente produtiva, seja através da criação de estatais relacionadas à produção ou a facilidades econômicas para setores privados. Além de tais medidas, também deve ser priorizado o fim do preconceito ainda existente em relação ao uso da maconha, sobretudo através da utilização de propagandas e da inserção da discussão do tema nos lares e escolas do pais.