Atualmente muito tem se discutido sobre a maconha e sobre a forma como ela deve ser utilizada. Com as divergências entre as opiniões da população, as quais implicam na proibição total ou na descriminalização da erva, o debate em torno dessa temática cresce de uma forma nunca vista antes. No entanto, sabendo que ambas as propostas trazem consequências, surge o questionamento: descriminalização da maconha representa certa evolução na garantia dos direitos individuais ou ameaça à juventude? Há quem acredite que o consumo da erva é um comportamento recente. Contudo, essa pratica teve inicio em 1960 e foi caracterizada como um problema social, por isso, muitas sociedades ocidentais decidiram proibir o consumo, a posse e a comercialização, com base nos argumentos de que a descriminalização acarretaria na intensificação do uso, na ampliação no numero de dependentes e no aumento da circulação das drogas. Diversas décadas se passaram desde os anos 60 e os argumentos contra a descriminalização da maconha mantiveram-se os mesmos. No entanto, opondo-se aos conservadores, a outra camada da população afirma que a medida seria positiva por reduzir a quantidade de indivíduos presos, minimizaria crimes organizados, reduziria o comércio ilícito e, além tudo, garantiria os direitos individuais, uma vez que a pessoa teria a capacidade de escolher se quer ou não consumir a droga, assim como o cigarro comum e o álcool, os quais corresponde a drogas permitidas pela lei. Fica clara, portanto, a necessidade da descriminalização da maconha, uma vez que tal atitude resolveria diversos outros problemas presentes na sociedade, assim como no Uruguai onde a erva foi liberada e as mortes relacionadas ao tráfico tornaram-se praticamente inexistentes. Assim como o tabaco e o álcool, a maconha também exige que suas consequências sejam enfatizadas a partir da mídia, cuja função é informar à população que tem pouco conhecimento sobre o assunto. Só assim construiremos uma sociedade onde cada indivíduo tem a garantia dos direitos individuais e a capacidade de consumir a droga de forma consciente.