Na Constituição Federal do Brasil de 1988, em seu artigo quinto, cita direitos ao cidadão brasileiro ou estrangeiro residente no país, com ênfase no direito à vida, à liberdade, segurança e entre outros. O projeto de lei para descriminalizar o uso da maconha, poderia ser considerado uma evolução desses direitos, pois o fato de usar ou não drogas é um direito de escolha de cada indivíduo. Porém, sabe-se que o ser humano teme apenas aquilo que o proíbe, mesmo ciente dos riscos que tais atitudes podem levá-lo. Há um elevado índice de brasileiros que tem contato direto com a maconha, ou são usuários, traficantes ou os dois. Para o governo ter um controle sobre essas pessoas é uma tarefa desgastante e complicada, pois penalizá-las, não é a solução da raiz do problema. A proibição, de fato, gera muitos conflitos, mas ainda é o que auxilia na redução do uso das drogas e dificulta a propagação da maconha por toda a juventude. Pode-se questionar do direito dos brasileiros de escolher o que fazer da própria vida, mas por que liberar algo que não fará bem a sociedade? Por outro lado, se descriminalizasse a maconha, a consciência do ser humano seria violada. Pode citar como exemplo rotineiro de mudança de atitude do ser humano devido a lei, o uso obrigatório do cinto de segurança pela lei de trânsito, ou seja, mesmo o motorista e o passageiro cientes que é para o bem, passaram a se conscientizar do uso não pela segurança, mas pelo risco da penalidade. Com isso, torna-se fácil perceber que aconteceria de modo semelhante com a legalização do uso da maconha: os cidadãos sabem dos riscos para o seu organismo, porém as pessoas tornariam usuárias sem pudor, pois não haveria mais lei que os proibisse. Desse modo, para uma melhor organização da sociedade, o Estado tem que intervir penalmente e civilmente na vida dos cidadãos brasileiros. O governo não deve se preocupar apenas na aprovação de leis, mas sim com trabalhos de conscientização dos riscos para o indivíduo e sua família proporcionados pelas drogas. Assim como a mídia, com o seu grande poder de persuasão, tem um papel essencial nesse processo também, de transmitir campanhas publicitárias de incentivo a uma vida saudável. Observam-se quantas vidas são perdidas pelo uso da bebida alcoólica e do cigarro, por isso legalizar mais uma droga como a maconha seria, de fato, mais um convite para os jovens experimentarem.