Título da redação:

Conservadorismo: o maior risco que podemos correr

Tema de redação: Descriminalização da maconha: evolução na garantia dos direitos individuais ou ameaça à juventude?

Redação enviada em 29/09/2015

Descriminalizar ou não a maconha? Esse é um tema ainda muito polêmico. Há quem concorde e há quem não concorde com a legalização do porte da famosa "cannabis". Se tratando desse assunto, o Brasil é um dos últimos países, ao lado da Guiana, a tratar o consumidor como criminoso na América do Sul. É comum ouvir o argumento de que descriminalizar as drogas pode gerar aumento do consumo. É um argumento intuitivo, por isso é tão repetido. Mas o problema das drogas é sério demais para ser tratado com intuições. O estudo "Uma revolução silenciosa: políticas de descriminalização de drogas pelo mundo" mostra que em nenhum país em que o consumidor foi descriminalizado, tal como Holanda e Portugal, houve aumento do consumo de drogas. De acordo com uma pesquisa feita pela revista Época em 2014, a redução do uso do tabaco a partir de campanhas preventivas foi maior do que a de qualquer droga ilícita tratada com repressão. Foram décadas de esforços monumentais na política do combate as drogas. Centenas de milhares de mortos, trilhões de reais gastos, milhões de pessoas presas. E o resultado é injusto, cruel e ineficiente. Não querer mudar a política é uma irresponsabilidade. Deixar as coisas como estão é o maior risco que podemos correr. Em vista dos argumentos apresentados, pode-se concluir que a política de repressão aos usuários não soluciona nada. O uso da maconha deve ser descriminalizado. Entretanto, é necessário que haja controle. Leis podem ser criadas para determinar a quantidade limite de porte por pessoa, para que seja possível diferenciar o consumidor do traficante. Além disso, as verbas que seriam utilizadas para reprimir o uso poderiam ser investidas em campanhas preventivas, onde os males da erva seriam expostos à sociedade, da mesma forma como os do cigarro e das bebidas alcoólicas são. Dessa forma, a sociedade brasileira seria composta de indivíduos mais livres e mais informados, aptos a escolher o melhor para eles.