Muitas são as hipóteses para a proibição da maconha, porém a mais aceita é que em um período de dominação européia e norte-americana, a erva foi usada como uma ferramenta para a acentuação do preconceito contra povos subjugados e que tinham a cannabis como elemento de suas culturas, a exemplo dos africanos e latinos. Atualmente, um projeto a favor da descriminalização dessa droga está sendo discutida, de modo que convêm analisar os benefícios desse projeto. Cabe considerar, antes de tudo, como a descriminalização da maconha ajudaria na amenização dos atuais problemas penitenciários e na diminuição da violência. Se esse projeto de lei for aprovado, o uso da cannabis não será crime, de forma que a quantidade de presos diminuirá e os verdadeiros criminosos, como os traficantes, poderão ser melhor supervisionados e punidos. Uma vez que os vendedores de drogas têm uma condenação eficaz, a violência diminui e toda a sociedade se beneficia. É importante ressaltar também, que com a descriminalização dessa erva, os seus benefícios poderão ser aproveitados ao mesmo passo que seus pontos negativos serão melhor controlados. Com a regulamentação da maconha, o seu uso medicinal estaria legalizado de maneira que doenças como a epilepsia e a AIDS poderiam ter um tratamento com maior eficácia. Os dependentes dessa droga, por sua vez, seriam tratados com mais facilidade, pois deixaria de existir o receio da condenação pelo uso da cannabis. A descriminalização da maconha, portanto, representa uma boa alternativa para a diminuição da violência e no aproveitamento dos seus pontos positivos. Porém, como toda droga, a cannabis traz prejuízos à saúde, que devem ser combatidos com campanhas educativas nas escolas e na mídia. O governo também deve recorrer à opinião popular através de plebiscitos sobre até onde o Estado deve atuar na limitação do uso da maconha. Assim, a democracia estaria sendo verdadeiramente praticada e a liberdade individual respeitada, como na Ágora da Grécia Antiga.