Título da redação:

A ruína de um pensamento ultrapassado

Tema de redação: Descriminalização da maconha: evolução na garantia dos direitos individuais ou ameaça à juventude?

Redação enviada em 26/09/2015

Segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, feito pela Unifesp em 2010, 7% da população brasileira já fez uso da maconha. Frente a tais fatos, é notável que a proibição da maconha não impede que a população tenha acesso à droga. Além de ser ineficaz, a criminalização gera gastos ao governo e interfere na liberdade individual da sociedade, tornando-se uma problemática no país. A compra e o consumo da maconha devem ser descriminalizados no Brasil. Por conta de inúmeros fatores, como a guerra impotente frente ao tráfico, a interferência na vida privada dos cidadãos e por se tratar de um problema de saúde pública que deve ser tratado apenas dentro deste âmbito. Portanto, a descriminalização desta droga resultaria em uma queda acentuada do tráfico ilegal que, por si só, constitui mais riscos à sociedade que o uso da maconha, beneficiando a questão da segurança no Brasil. Com a quebra da criminalização da maconha, surtiriam inúmeros efeitos na sociedade. Primeiramente, não aumentaria o número de usuários, como foi comprovado em países que liberaram o uso como os EUA, além de afastar os que já utilizam a droga do tráfico ilegal, que pode levar ao consumo de drogas mais perigosas, como o crack. Juntamente, seria possível a quebra deste tabu na sociedade, visto que a maconha possui somente efeitos entorpecentes, assemelha-se ao álcool, tal qual o consumo é visto naturalmente pela população. Ainda seriam possíveis o aumento e a facilitação de pesquisas e tratamentos com o princípio ativo da droga para fins medicinais. A proibição da maconha é, portanto, uma realidade ultrapassada que deve ser revista pelo Estado. Pois deve ser retirada do âmbito judiciário e ser enfrentada da mesma maneira que as drogas legalizadas no país, o álcool e o cigarro, ou seja, com instrução sobre seus riscos e apoio psicológico e médico aos que acabam por viciar-se. Aliados a tais atitudes do Estado, é necessário também uma regulamentação do consumo desta droga, a qual, logicamente, não deve ser permitida a compra e o consumo para menores de idade, ser vendida apenas em poucas quantidades para o consumo individual e deve ser proibida em certos casos, como ao dirigir, visando a segurança do indivíduo juntamente com o seu direito à liberdade.