O Supremo Tribunal Federal iniciou o julgamento da descriminalização da maconha- no caso de pequenas quantidades e atribuição de consumo próprio. Tal decisão, se aprovada, mudará estruturas que servem de pilares para nossa sociedade como: sistema prisional, segurança, saúde e educação. O Brasil dividiu-se em grandes grupos: os que apoiam e acreditam nos benefícios, os que se opõem de maneira geral e os que são a favor da liberação apenas para fins medicinais. A maior parcela dos que estão a favor da total liberação do consumo de Cannabis, são jovens e adultos embasados em argumentos de liberdade, redução da violência e do tráfico. Apoiados por parlamentares como o Dep. Luís Roberto Barroso, citam países como o Uruguai e Holanda que liberaram o uso. Para alguns deles a regulamentação trará melhorias evidentes: a sociedade passaria a ser um pouco mais livre e teria direito de escolha, o número de prisões reduziria, bem como roubos e violência teriam seus dados diminuídos no país. No entanto, nem tudo são flores no mundo da legalização e os que se apresentam a favor não pensam nos reflexos negativos que essa falsa sensação de liberdade trará. A educação seria afetada de maneira direta, a facilidade no consumo levará a droga as escolas, praças e ambientes sociais. Trazer maconha e haxixe de maneira aberta e legal ao convívio será assinar um novo modelo de sociedade que a população não está pronta,grande parte das famílias não saberiam lidar com tal situação. Em contra partida,nos deparamos com um benefício que deveria ganhar mais destaque com relação a mobilizações e pedidos ao Governo: a utilização do Canadibiol, ou CBD, substância medicinal presente na Cannabis ou maconha. Estudos comprovam que há melhoras de quadro de doenças como Alzheimer e Convulsões. A legalização de medicamentos que contenham a substância auxiliaria no tratamento de centenas de brasileiros e em pesquisas pra futuras descobertas. No geral pode-se afirmar que a disponibilidade é mãe do consumo, quando se fala em legalidade falamos também em fácil acesso, baixo preço e jovens caminhando cada vez mais precocemente para o novo experimento. É comprovado que pessoas que já utilizaram um tipo de droga, experimentaram ou foram expostos a novos tipos. O que nos levaria a um novo ciclo de uso de drogas mais pesadas. O Brasil já lidera o ranking mundial de usuários de crack e é o segundo maior consumidor de cocaína. Não seria necessário expor nossos jovens a mais um dado alarmante. É preciso que o governo brasileiro se empenhe mais no que pode realmente ajudar o país, o uso farmaceutico do Canadibiol será sim uma solução consciente, afinal a utilização seria feita através de laudo médico, fiscalização e regulamentação da ANVISA.