Título da redação:

A maconha e a juventude: métodos de controle e descriminalização

Tema de redação: Descriminalização da maconha: evolução na garantia dos direitos individuais ou ameaça à juventude?

Redação enviada em 26/09/2015

Maconha como assunto principal em debates no Brasil. Legalização de uso da droga em outros países. Acontecimentos recentes refletem-se a partir de uma pergunta pertinente: seria a descriminalização da maconha uma ameaça à sociedade? Na obra Tópicos, o pensador grego Aristóteles defende a comparação como o melhor método no processo de resolução de problemas. Dessa forma, assinala-se o caráter lícito da maconha, e estabelece-se sua conexão com outras drogas que também compartilham essa característica. O tabaco e o álcool, por exemplo, são largamente consumidos no Brasil. Além disso, a legalização da maconha impede o narcotráfico da droga e maiores problemas associados a ele, como, por exemplo, o homicídio de usuários cometido por traficantes. Por outro lado, assim como o consumo das outras drogas lícitas, a descriminalização maconha também apresenta riscos. O consumo dessa droga por parte da juventude acarreta comprometimento parcial do desenvolvimento cognitivo e acaba por dificultar o aprendizado. Dessa forma, os jovens precisam ser alertados quanto aos riscos do uso da maconha. A proibição do consumo em determinada faixa etária, além disso, mostra-se imprescindível. Em outro âmbito, argumenta-se que a descriminalização da maconha acarretaria um aumento incontrolável do uso dela. Contudo, seguindo a mesma linha do pensamento aristotélico, não houve decrescimento na taxa de uso da droga após sua descriminação em outros países. Ademais, sua proibição por meio da legislação não se mostra efetiva, uma vez que o uso moderado dela não acarreta problemas maiores, exceto os casos na adolescência, o que deve ser debatido. A descriminalização da maconha, portanto, mostra-se largamente benéfica. Contudo, ela também é evidenciada como uma ameaça aos adolescentes, assinalados seus efeitos nocivos aos indivíduos dessa faixa etária. Dessa forma, após sua devida descriminalização, essa droga deveria ser terminantemente proibida ao consumo por menores. Além disso, o estudo das drogas em geral, lícitas e ilícitas, deve ser obrigatório nas instituições de ensino. Palestras, debates e programas podem ser divulgados de forma a contribuir para a conscientização das pessoas quanto aos efeitos benéficos da descriminação. Essa divulgação pode ser feita a partir dos meios de comunicação mais acessíveis, como a televisão e as redes sociais, por exemplo. Seguidos esses métodos, a proteção à juventude será devidamente assegurada, aliada ao respeito aos direitos do indivíduo.