A legalização da maconha é um tema polêmico e bem pertinente já há algum tempo. Tal ponto ainda gera debates calorosos, sempre reunindo posições liberais e conservadoras. Fato é que este assunto, antes considerado tabu, tornou-se pauta do Estado. Com os movimentos liberais ganhando cada vez mais força, o cenário pró-legalização parece bem possível, e a população prestes a adquirir mais um direito e a vencer uma das lutas contra o tráfico. Milhares de pessoas são aliciadas diariamente pelo tráfico de drogas. Este, que é financiado por usuários que têm os traficantes como os únicos distribuidores do produto, é causador de um grande prejuízo ao Estado. Legalizar a maconha não é apenas garantir um direito individual, é também fortalecer o Brasil no combate ao tráfico de drogas, tirando uma das fontes de renda deste. Outro ponto a ser analisado é o que expôs uma reportagem da GALILEU: o hormônio ativado ao se usar a maconha também é produzido pelo corpo após uma leve corrida, mas em quantidade menor. A legalização não induz ninguém a consumir, tampouco ameaça a juventude. Países como o Uruguai e os Estados Unidos provam isso: a legalização não causou um aumento no número de usuários da droga, pelo contrário: houve sensível diminuição e enfraquecimento do tráfico. Entretanto, a descriminalização não pode ser concebida de forma solitária. É necessária a formulação de leis que visem limitar a quantidade da droga por pessoa, de modo a diferenciar usuário e traficante, bem como manter uma fiscalização constante a fim de evitar a revenda. Além destes pontos, o Estado pode formular campanhas de conscientização quanto ao uso, como faz com a bebida alcoólica em propagandas.