A legalização da maconha é um assunto que divide opiniões: de um lado, estão aqueles que apoiam a sua descriminalização; do outro lado, estão os que repudiam esta prática. Diante disso, sendo essa substância nociva à saúde dos indivíduos, não seria coerente sua liberação indiscriminada para qualquer pessoa ou circunstância. A "aceitação legal" dessa erva, significa para os que são favoráveis, diminuição no narcotráfico. Já que, possibilitaria a punição dos traficantes distinguindo-os dos usuários. Garantindo assim, a evolução dos direitos individuais de seus consumidores, não os confundindo com os vendedores ilícitos. No ponto de vista dos indivíduos contrários, existem fatores que impedem essa aprovação. Dentre eles, incluem-se as leis prevenção e o tratamento dos usuários quanto às drogas já legalizadas no Brasil. A falta de recursos técnicos, financeiros e humanos tem demonstrado enormes dificuldades em fazer cumprir essas leis. Além disso, a imediata passagem do domínio do tráfico para o domínio das indústrias, despertaria nesses, o interesse em ampliarem seus lucros através do aumento da divulgação e da propaganda, assim como fazem as empresas de cigarro e bebidas, ampliando o mercado de consumo e os futuros problemas que ameaçam à saúde social. É preciso reconhecer que a liberação desse entorpecente, carrega consigo fatores limitantes quanto ao seu uso. Uma vez que, esse alucinógeno é prejudicial à saúde física e mental dos indivíduos. Por isso, que os países que o adotam, não fazem a sua liberação total, pois conhecem os riscos e os efeitos. No Uruguai, por exemplo, o consumo é liberado apenas para pessoas registradas como consumidores recreativos ou para fins medicinais e que tenham idade superior a 18 anos. Fato esse, que exprime as suas restrições. Conforme dito, a legalidade ou ilegalidade da maconha não exclui os transtornos causados em quem a utiliza. O poder de degradação que essa substância possui é maior do que qualquer parâmetro diante da lei. Por isso faz- se necessário mobilizar a sociedade, nos seus mais diversos setores, para reforçar os elementos de proteção da saúde das pessoas e para agir no que tange diminuir os elementos de risco, nos quais a maconha está inserida.