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Redação sem título.

Tema de redação: Desastre em Brumadinho e a gravidade da reincidência dos crimes ambientais

Redação enviada em 30/07/2019

Consoante o poeta brasileiro Cazuza: "Eu vejo o futuro repetir o passado", é visível que os crimes ambientais não são problemas atuais. Desde o período do Brasil Colonial, no século XVIII, quando teve início a atividade mineradora no solo brasileiro, essa vicissitude é uma realidade. De mesmo modo, na contemporaneidade esse problema persiste, devido não só à irresponsabilidade das empresas mineradoras como tambem à negligência governamental. Assim, hão de ser analisados tais fatores, a fim de que se possa liquidá-los de maneira eficaz. Em primeiro lugar, convém ressaltar a irresponsabilidade das empresas coletoras de minérios como um agente determinante para a permanência da problemática. Visto que, a empresa Vale, considerada a maior mineradora nacional, não adota as medidas essenciais para manter as suas barragens em segurança, pois, de acordo com os documentos da organização entregues em 2019 ao Ministério Público de Minas Gerais, a coletora de minérios tem ciência de que, das suas 57 barragens, 10 estão em zona de atenção. Como resultado disso, têm-se um aumento exorbitante na probabilidade de ocorrerem acidentes ambientais que prejudicam tanto a sociedade como também a natureza. Nesse sentido, torna-se primordial a reversão desse contexto putrefato. Ademais, é importante salientar que o dilema deriva, ainda, da falta de atitude do governo no que concerne à imposição de punições severas às empresas que ignoram o estado das suas barragens. Isso se torna mais claro, por exemplo, com o ocorrido em Mariana (no ano de 2015) e Brumadinho (em 2019), ambos foram "crimes ambientais" (de acordo com Marina Silva, candidata para presidente em 2018), os quais além de destruir a natureza da cidade, deixaram muitas pessoas mortas, feridas e desabrigadas. Por certo, a quantidade de crimes ambientais tende a aumentar conforme o tempo passa, já que, mesmo com esses ocorridos alarmantes, o Estado permanece indiferente. Ora, se um governo se omite diante de uma questão tão fulcral, entende-se, então o porquê de sua continuação. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente. Depreende-se, dessa forma, a necessidade de combater a reincidência dos crimes ambientais no Brasil. Para tanto, é necessário que o Poder Legislativo, por meio da criação de uma lei, impeça o funcionamento das mineradoras que possuem barragens em zona de atenção, sob pena de multa de alto valor para as que não agirem de acordo com a norma, visando amenizar os riscos de um novo desastre ambiental e impedir que as mineradoras continuem atuando de forma irresponsável. Quem sabe assim, superar os efeitos da mineração desde o período do Brasil Colonial deixe de ser uma utopia e se torne uma realidade nacional.