Em uma celébres cena da série ´´Mister Been´´--- que retrata a história de um homem que é surdo e mudo --- ele aparece em uma sala enfrentando os desafios para se alfabetizar. Em pleno século XXI, esse cenário não se difere da realidade, pois milhões de surdos em todo o Brasil passam uma série de problemas para conseguir um ensino de excelência. Em primeiro lugar, é indubitável que o número de surdos matriculados nas escolas diminuiu ao longo dos anos. Segundo dados do Jornal O Globo, apenas 80% dessa população estava matriculada no ano de 2015, já em 2016, essa porcentagem caiu para 70%. Tal situação é desencadeada por fatores, como o difícil acesso a escolas que garantam um ensino de qualidade e falta de professores capacitados. Nesse sentido, para o especialista em educação Benedito, o Brasil tem um sistema precário para a alfabetização de surdos. Logo, é notório que apenas a existência das leis que garantam os direitos, não é o suficiente se na prática não for ofertado um ensino e capacitação de qualidade que estimule essas pessoas a frequentarem os ambientes de estudos. Em segundo lugar, a falta de professores capacitados e de uma infraestrutura de qualidade, torna-se um empecilho para a educação desses deficientes. Segundo dados da revista Data Folha, aproximadamente 40% dos professores não tem uma formação qualificada para atender essa classe da população. Contudo, para o Médico Alexandre Holl, o principal problema enfrentado por eles é a falta de profissionais que transmitam o conteúdo de forma prática e de fácil entendimento. Assim, esse contexto acaba contribuindo de forma maléfica para a educação, além dos desafios gerados pelo preconceito e a falta de investimento na educação em todo o país. Infere, portanto, que medidas devem ser tomadas para estimular e aumentar o número de surdos nas escolas. O governo deve investir na capacitação de professores através de cursos e estágios. A escola tem um papel fundamental estimulando a socialização dos deficientes através de aulas práticas e brincadeiras. Por último, a mídia poderia relatar através de novelas e documentários os problemas enfrentados por pessoas que tem problemas auditivos no mundo globalizado.