É consenso, no Brasil contemporâneo, os desafios que enfrentamos em relação à formação educacional de surdos no nosso país. Apesar da criação das leis que garantem a educação para esse grupo, a falta de inclusão por parte da sociedade, somada à falta de professores qualificados e de espaço no mercado de trabalho, os surdos no Brasil estão longe de conseguirem visibilidade. Em primeiro lugar é necessário lembrar que, no passado, pessoas com qualquer deficiência eram excluídas da sociedade. Por exemplo, nas tribos indígenas, as crianças que nasciam com deficiências eram jogadas de precipícios, pois eram tidas como castigo dos deuses. Com o passar do tempo, tais crianças começaram a ser aceitas pela sociedade, desde que ficassem em casa. Logo, esse conceito embasou a nossa sociedade e vivemos hoje uma luta em busca da inclusão dessas pessoas. O problema é que mesmo com a criação das leis, o brasileiro ainda não sabe lidar com as diferenças, e acaba provocando a exclusão de centenas de pessoas do convívio social. Ademais, nossas escolas públicas quase não possuem professores fluentes na Língua Brasileira de Sinais, o que dificulta a inclusão das crianças surdas no ambiente escolar. Há, também, a falta de uma matéria específica no currículos das escolas, que ensine as demais crianças a se comunicarem em Libras. Já no mercado de trabalho, por causa da dificuldade de comunicação, muitos surdos perdem as vagas e têm sua capacidade intelectual ignorada. Destarte, é necessário que medidas sejam tomadas. Para isso, o Estado, via Ministério da Educação, deve promover cursos profissionalizantes de Libras aos professores, afim de capacitá-los para que possam ensinar seus alunos a integrar os alunos surdos ao ambiente escolar e também social, de acordo com a Lei nº 13.146. Em parceria a essa ação, a sociedade deve integrar o surdo as demais atividades da comunidade, promovendo a inclusão social que é um direito de todos. Dessa forma, os surdos conseguirão alcançar a sua visibilidade na sociedade.