De fato é incontrovertível que o Brasil enfrenta crises constantes no âmbito educacional. Entretanto o panorama se agrava quando se diz respeito a educação inclusiva. A falta de capacitação de profissionais da educação prejudica e limita o desenvolvimento de alunos com deficiências não só visuais, mas também auditivas. Em primeiro lugar, é necessário compreender a importância da capacitação de educadores para o auxílio de alunos com deficiências auditivas, uma vez que a comunicação entre aluno e professor só será de total aproveitamento se ambos dominarem o mesmo código de linguagem. Todavia, não obstante a existência do capítulo 4, artigo 27 da Constituição de 1988 que assegura o direito a educação inclusiva, o que se vê hoje são professores que não dominam a Língua Brasileira de Sinais, tornando o processo educacional mais difícil. Portanto, é preciso avaliar quais barreiras impedem que os profissionais da educação recebam tal qualificação. Apesar da existência de cursos profissionalizantes, não existem grandes investimentos na área, fazendo com que a oferta seja menor que a demanda. Dessa forma, temos por consequência profissionais não qualificados,dificultando a inclusão escolar desses alunos e prejudicando sua atuação no mercado formal de trabalho. Destarte, é fundamental que busque-se soluções eficazes para esta problemática. O governo deve investir em cursos que qualifiquem estes profissionais, ampliando o número de turmas para que todos tenham acesso a esta especialização e na ampliação do número de cotas em concursos, atuando como um degrau para que esses alunos ingressem no mercado de trabalho. Dessa maneira, venceremos os desafios para a educação de surdos no Brasil.