Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: ENEM 2017 - Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

Redação enviada em 06/11/2017

“Todos são iguais perante à lei, sem distinção de qualquer natureza”. Nesse trecho do artigo 5º da Constituição Brasileira de 1988 é garantida a condição isonômica entre os indivíduos. Entretanto, os surdos no Brasil parecem não viver essa realidade, uma vez que enfrentam desafios para conseguir a formação educacional. Diante disso, convém discutir os fatores que ocasionam essa problemática. Primeiramente, é preciso avaliar que as escolas públicas no país, em sua maioria, infelizmente, não detém condições de acesso para pessoas com necessidades especiais. Esse cenário corrobora os dados do INEP que apresentam uma diminuição no número de matrículas de alunos surdos, entre 2011 e 2016, na educação básica. Nesse contexto, o educador Paulo Freire compreende que o processo de inclusão acontece verdadeiramente quando aprendemos com as diferenças e não com as igualdades. Esse pensamento reflete a necessidade de ofertar condições igualitárias no ambiente escolar, de maneira que permita o acesso e permanência dos alunos surdos. Logo, para o fortalecimento educacional é preciso a qualificação estrutural e humana que facilitem o processo inclusivo. Além disso, os surdos que conseguem superar essas dificuldades, concluir o ensino básico e acessar o ensino superior encontram uma nova barreira: a quantidade insuficiente de tradutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais para auxiliá-los nas aulas. Parafraseando Nelson Mandela, que atribui à educação a arma mais poderosa para mudar o mundo, isso se torna impossível quando não são disponibilizadas as mesmas condições de mudança. Assim, são primordiais ações para mudar essa realidade. Infere-se, portanto, que a educação de surdos no Brasil precisa ser garantida conforme à constituição. Nesse sentido, o Ministério da Educação, em parceria com instituições públicas e privadas, deve ofertar curso de Língua Brasileira de Sinais, priorizando os profissionais da educação, de modo que seja possível uma melhor comunicação entre professor e aluno em sala de aula. As universidades, por sua vez, precisam adotar as cotas para deficientes, o que inclui os auditivos, de maneira que o acesso ao ensino superior esteja ao alcance de todos. Espera-se, com isso, romper as barreiras que limitam a educação de surdos no Brasil.