"A educação é o maior motor do desenvolvimento social", disse Mandela, contudo, infelizmente, a realidade do Brasil atual é de pouca acessibilidade a ela, principalmente em relação aos surdos. Os vários desafios de inclusão desses nas escolas persistem, não somente pela negligência no cumprimento da constituição cidadã, mas também pela falta de assistência ao atual ensino colaborativo. Em primeiro lugar, deve-se observar a isonomia e o direito à educação defendidos na constituição de 1988. Segundo ela, todo cidadão brasileiro possui igual direito à formação educacional, o que já assegura na lei certo apoio à minoria surda. Entretanto, segundo fontes do INEP, a quantidade de alunos com surdez, tanto de classes comuns quanto de especiais, de 2011 a 2016, caiu em quatro mil cada, apontando que apenas estar na lei não é totalmente eficiente sem a real atenção e cumprimento desta. Em segundo lugar, o modo de ensino evoluiu e a relação de professores e alunos entre si não é mais a mesma. Felizmente, o ensino tradicional deu espaço ao atual colaborativo, permitindo que alunos ajudem-se no aprendizado, desviando parte da responsabilidade do educador para os estudantes. Contudo, a falta de entendimento entre surdos e não-surdos dificulta a interação e consequente integração daqueles ao processo educativo, deixando-os à margem de seus direitos. São necessárias, destarte, medidas para resolver o impasse a curto e a longo prazo. A curto prazo, o Ministério da Educação (MEC) deve incentivar instituições de ensino superior a adotarem ações afirmativas para surdos, apontando a necessidade de inserção destes naquelas instituições , para que assim eles tenham maior oportunidade ainda que em face a um sistema que não coopera totalmente com sua deficiência. A longo prazo, prefeituras municipais, com apoio do MEC, devem investir em cursos de Libras para a comunidade estudantil, divulgando por meio da internet e rádios a inscrição nesses cursos, pois, desse modo, a relação entre alunos surdos e comuns será melhorada e eles poderão sentir-se inclusos no sistema.