Immanuel Kant proferiu em seu conceito Imperativo Categórico (sendo o “Imperativo” o dever moral e o “Categórico” atingir a todos sem exceção) o dever que as pessoas têm em agir sob princípios que desejariam ver aplicados universalmente. Dessa forma, somente um ser racional tendo a capacidade de agir pela lei aplicaria o conceito supracitado de que o certo é correto independente da situação ou circunstância. Nesse sentido, a falta dessa conceituação perpetua desafios educacionais dos surdos, uma vez que a sociedade “canarinha” não age por princípios universais, infindam o preconceito à essa comunidade, assim como os desafios de inclusão social. Sob um primeiro enfoque, átomo é o nome dado ao formador de matéria (tudo que possui massa e espaço) e para o físico alemão Albert Einstein “é mais difícil quebrar um preconceito do que um átomo”. O físico pode ter proferido tal ideia ao analisar que o preconceito pode ser manifestado em qualquer ambiente, nesse contexto se tornando um dos desafios que a sociedade surda enfrenta no Brasil, visto que seja na díade escolar ou trabalhista pode ter sua competência subjugada apenas por uma deficiência, que dificulta na contratação ou ainda na inclusão social. Sob uma segunda ótica, o filósofo John Locke detalhou em seu livro “Ensaio sobre o Entendimento Humano” em 1690, a tese da “Tábula Rasa” que consiste, sobretudo na exemplificação de que as pessoas nascem como “folhas em branco”, ou seja sem conhecimento algum, e todo processo do conhecer, do saber e do agir são aprendido por meio das experiências. De maneira análoga, seguindo a linha de raciocínio do autor, no momento em que os surdos não conseguem se comunicar com a maioria da população, por essa não ter nenhum ou pouco conhecimento prévio sobre libras, ou quando as escolas públicas inclusivas não são preparadas com materiais adequados e preparo estrutural, dificulta o dissolvimento do preconceito previsto por Einstein e perpetua por intermédio das experiências citadas por Locke. Destarte, além da prática do conceito de Kant para propagar o bem a todos, cabe ao Ministério da Educação (MEC) a criação de materiais com a participação dos principais profissionais da área inclusiva, sobre o dever do cidadão em agir com respeito as díspares diferenças, e sobre os desafios que os surdos enfrentam, com o fito de diminuir o preconceito. Quiçá ainda ao MEC, tornar o ensino de libras obrigatório a todas as escolas públicas e privadas, que seriam ensinadas desde o ensino fundamental com a participação de pessoas surdas e professores sem essa deficiência, com o intuito de tornar o ensino de libras acessível para todos contribuindo com uma sociedade boa e justa.