A Era Vargas fora importante para a instituição da educação como um direito civil. Porém, ainda há barreiras quando se trata de acessibilidade de surdos nas escolas e universidades. Pois são vítimas de um sistema educacional excludente e negligente, tanto por falta de formação dos professores, quanto por ineficiência da inclusão nas escolas. Urge, dessa forma, a promoção de medidas inclusivas para os surdos. Hodiernamente, é perceptível no ambiente escolar a falta de instrução dos professores perante alunos com necessidades auditivas. Tal problemática provém de uma formação universitária extremamente conteudista, em que o debate de inclusão e seus métodos de adaptação são esquecidos. Assim, configura-se um sistema educacional desprovido de docentes capacitados para lidar com esses alunos. Não só profissionais capacitados são necessários, mas também escolas preparadas para recebê-los. De acordo com o INEP, o número de matrículas de surdos na educação básica decaiu de 2011 até 2015, consequência da baixa quantidade de centros educacionais especiais e do despreparo das escolas tradicionais. Contribuindo, assim, para a inexistência da acessibilidade e negligência da educação como um direito de todos. Torna-se, portanto, imprescindível a ação do Estado para promover acessibilidade ao ensino básico e universitário. Dessa forma, cabe ao Ministério da Educação criar um protocolo de inserção de Libras como disciplina obrigatória nos cursos de licenciatura das universidades, objetivando a formação de docentes capacitados. Ademais, é de responsabilidade das Secretárias Estaduais de Educação a ampliação do número de escolas de Educação Especial, e junto à União deve fornecer incentivo financeiro àquelas que têm suporte para estudantes surdos, aumentando, assim, o número de matriculados e promovendo com plenitude o direito de educação a esses.