Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: ENEM 2017 - Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

Redação enviada em 06/11/2017

Na Grécia Antiga, em Esparta, as crianças que apresentavam algum tipo de deficiência eram largadas em locais afastados para serem devoradas por animais. Com o passar do tempo, os indivíduos com deficiência foram adquirindo conquistas, a fim de serem inseridos na sociedade, principalmente, na esfera educacional e no mercado de trabalho. Contudo, apesar da Constituição brasileira assegurar o direito à educação aos surdos, é perceptível que não há sua completa inserção no ambiente escolar, o que promove dificuldade de obter empregos formais, como também, uma vida digna e sem obstáculos. Nesse contexto, diversos fatores fomentam a formação de barreiras em relação à obtenção de ensino qualificado. A maioria das escolas brasileiras não apresentam profissionais habilitados para acolher e instruir cidadãos com deficiência auditiva, visto que o número de alunos surdos matriculados na Educação básica decresce desde 2013, segundo o Inep. Em adição, a infraestrutura das escolas públicas estimula a baixa quantidade de estudantes com deficiência auditiva, já que, em geral, os alunos não conseguem se comunicar com o surdos e, desse forma, mais uma vez há a exclusão desses cidadãos, por causa da falta de planejamento na grade curricular, o que impede a aprendizagem de Libras a todos. Ainda convém salientar os efeitos que a precariedade do ensino proporciona ao organismo dos surdos. A escassez de educação de qualidade dificulta a realização de ações básicas no cotidiano, a exemplo de ir ao mercado, ao banco, devido às falhas comunicativas. Isso é capaz de afetar a saúde mental desses indivíduos, porque aos poucos a sociedade os induz a acreditar que são desprezíveis. Desse modo, há o desenvolviemtno de isolamento social, ansiedade, depressão e sentimentos ruins. Outro fator existente é as consequências que o preconceito aos surdos desencadeia no sistema econômico. Geralmente, a ausência de aprendizagem educacional direciona os deficientes auditivos à aceitação de empregos informais, os quais não garantem seus direitos e são compulsórios, como indústrias têxtil ou em sistema agrários. No entanto, quando há surdos que apresentam formação escolar adequada, existe o preconceito no ato de contratação. Isso ocorre porque as pessoas associam a deficiência, de forma errônea, a incapacidade e desqualificação. Sendo assim, é essencial que o Ministério da Educação e Cultura promova a capacitação dos professores, por meio de cursos frequentes, a fim de permitir que saibam lidar e ensinar os surdos de maneira qualificada. Em adição, as escolas devem inserir a linguagem de Libras como disciplina obrigatória na grade escolar, com o propósito de permitir que os alunos possam se comunicar com os deficientes auditivos e, assim, garantir sua completa inserção no colégio. Por fim, é preciso que o Ministério do Trabalho realize campanhas e propaganhas nas empresas, com o objetivo de romper com o preconceito em relação aos surdos e dissipar o ideário que deficiência não é sinônimo de incompetência.