Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: ENEM 2017 - Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

Redação enviada em 06/11/2017

No Mundo Antigo, em Atenas, os recem-nascidos com deficiência eram sacrificados, pois acreditava-se que eles não tinham valor social. Embora seja um pensamento discriminatório, atualmente, no Brasil, os deficientes auditivos sofrem preconceito no ambiente educacional. Sobre esse tema, dois aspectos fazem-se relevantes: o papel do Estado em não assegurar os direitos dos deficientes e a intolerância da sociedade para um grupo que precisa de amparo. Mormente, é factível ressaltar a ausência do Estado como circunstância de um problema social e educacional. Apesar da Constituição Brasileira de 1988 prevê direito aos diferentes, o atual cenário é contraditório, porquanto a falta de medidas, projetos e assistência governamentais na educação para com os deficientes auditivos é preocupante, devido ao baixo número de escolas sem infraestrutura governamental, poucas escolas especiais e a falta de preparo dos professores para lidar com os alunos. Apesar do ENEM, em 2017, ter disponibilizado acesso aos surdos de fazer a prova, o problema é a estrutura da base do ensino para com os deficientes auditivos e as consequências da vida estudantil para essa parcela da população. Nesse sentido, fica evidente que a presença do Governo Brasileiro é fundamental para assegurar o direito de educação a todos. Concomitantemente, a intolerância da população para com os surdos é relevante nesse cenário. Como disse Paulo Freire em Cultura de paz, somente a educação para ensinar o convívio com o diferente. Todavia, esse pensamento não faz-se presente na contemporaneidade, pois a falta de medidas com o objetivo de educar as crianças corroboram um estado de intolerância, evidenciando uma problemática: a relação dos alunos com os colegas portadores de deficiência auditiva. Portanto, enquanto a população brasileira não respeitar o diferente e não respeitar os direitos dos surdos na sociedade, as futuras gerações aprenderá e continuarão a praticar tais atos de violência, como exemplifica Èmile Durkheim sobre o fato social. Urge, desse modo, uma intervenção estatal a fim de melhorar a situação do surdo no Brasil. Para isso é necessário que o Ministério de Educação com ao Instituto Nacional dos surdos promova a inserção do aluno surdo nas escolas normais, mas para isso, o MEC tem que oferecer palestras nas escolas públicas para exemplificar a tolerância ao diferente e alcançar o respeito aos deficientes auditivos. Paralelamente, o Governo Federal deve distribuir mais dinheiro as escolas para melhorar a infraestrutura das escolas para os alunos surdos.