Na sociedade espartana, as crianças que nascessem com alguma deformidade ou apresentasse alguma característica de anormalidade, tinham suas vidas ceifadas, afim de evitar a perpetuação daquele gene “defeituoso”. No Brasil, de acordo com o artigo 5 da constituição Federal, somos todos iguais perante a lei. Nesse sentido, em um contexto em que fora do papel tal lei não é garantida, é preocupante, uma vez que deficientes auditivos não recebem a devida atenção relacionada a educação. Antes de tudo, deve-se ressaltar que a escola é o principal obstáculo encontrado por surdos no país. Famílias que não podem colocar seus filhos em escolas particulares, com profissionais capacitados em linguagens de sinais, ficam a mercê da rede pública de ensino. Visto que, a quantidade de escolas públicas que oferecem uma educação inclusiva, ainda é mínima no Brasil. Como exemplo, a precariedade da informação inclusiva na TV brasileira, onde só é vista a utilização de libras nas propagandas eleitorais e na classificação da programação. Ademais, vale lembrar que segundo Karl Marx, o homem é, em sua existência, produto do meio. Se a dificuldade de integração dos deficientes auditivos no mercado de trabalho é proporcional ao número de vagas – extremamente restritivas - oferecidas em concursos públicos e em empresas privadas. Logo, somente uma pequena parcela dos brasileiros surdos fará parte da população economicamente ativa. Sendo assim, é necessária a valorização dos alunos surdos na rede de ensino, tanto particular quanto pública. Fica claro, portanto, o que a falta da devida atenção dos deficientes auditivos está proporcionando. Dessa forma, cabe ao Governo por meio do Ministério da Educação investir na infraestrutura das escolas públicas, promover cursos profissionalizantes em linguagem de sinais para os professores ativos. Implementar novas tecnologias inclusivas nas escolas, juntamente com profissionais de T.I (tecnologia da informação), através de jogos educativos. Objetivando que os alunos surdos terão uma maior visibilidade, gerando uma sociedade com mais empatia e igualitária.