Título da redação:

O monge que abriu caminhos.

Tema de redação: ENEM 2017 - Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

Redação enviada em 06/11/2017

Durante a idade média, o monge Pedro Ponce foi criticado pela população europeia devido às suas tentativas de alfabetizar os surdos, que eram vistos como incapazes de socialização. Já no século XXI, mesmo após a criação da língua de sinais, no Brasil, os deficientes auditivos ainda enfrentam obstáculos para sua educação, seja pelo desconhecimento, acerca de tal linguagem, pela comunidade escolar, seja pela preparação incompleta dos profissionais da educação. Sabe-se que a escola é a primeira instituição responsável pela socialização dos jovens. No entanto, contrariando o artigo 27 da Constituição, que garante educação inclusiva, as divergências das comunicações especiais pelos outros alunos, devido ao não ensinamento da Libras, torna o deficiente alvo de segregação, uma vez que não consegue estabelecer relações, o que prejudica sua capacidade de incersão em universidades e, futuramente, no mercado de trabalho. Outrossim, a preparação incompleta de professores para com os surdos estabelece uma lacuna entre educador e aluno. Decorrente a isso é que o número de matrículas em educação básica caiu 50% de 2011 a 2016, segundo o INEP, evidenciando que o artigo 28 da Constituição tem aplicabilidade incoerente, já que não oferta educação inclusiva em todas as instituições, tornando a rede especializada uma espécie de luxo, já que as vagas são insuficientes. É evidente, portanto, que os obstáculos para a educação de surdos estão presentes nas escolas. Logo, é necessário que o Ministério da Educação oferte estágios para estudantes de fonoaudiologia, nas escolas, para que possam ministrar palestras, desde o início da vida escolar do aluno, além de distribuir cartilhas lúdicas que ensinem sobre Libras, implantando em curto prazo. Ademais, o Ministério da Educação, em parceria com empresas privadas, deve ofertar cursos profissionalizantes para profissionais de licenciatura, que ensinem não apenas sobre a linguagem de sinais, mas também sobre como incluir o deficiente auditivo na sociedade escolar, tornando sábia a decisão do monge em acreditar na educação especial, implantando em curto prazo.