Título da redação:

O importante não é viver, mas viver bem.

Tema de redação: ENEM 2017 - Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

Redação enviada em 14/02/2018

A formação educacional de surdos no Brasil ainda passa por diversas dificuldades que precisam ser superadas. Sabemos que os surdos, assim como os demais deficientes buscam a cada dia vencer o preconceito, e, acima de tudo, conquistar a tão sonhada igualdade e consequentemente uma formação educacional de qualidade. Em referência a esse fato, zygmunt Bauman, um sociólogo Polonês, em uma de suas teorias, chamada "Modernidade Líquida" afirmou que, sendo as relações modernas entre os indivíduos marcada pela Liquidez, nossa sociedade tende a ter suas interações dinâmicas e superficiais. Por conseguinte, nos colocamos dentro de "bolhas", nas quais nos perdemos numa multidão de outras bolhas. Dessa maneira, perdemos o olhar para o futuro e deixamos de nos preocupar com o bem - estar das próximas gerações, isso inclui os desafios para a formação educacional de surdos, no Brasil, travestida por possíveis avanços na educação ainda fragilizada do País. Analisando esse cenário degradante, percebemos que ainda hoje muitas escolas não possuem profissionais qualificados para utilizar a Língua Brasileira de sinais (Libras) sendo fundamental para uma comunicação eficaz para os surdos. Aliado a isso, temos também a diminuição do número de classes comuns, nas quais os alunos surdos estariam juntos com os demais alunos sem deficiência, passando de quase 27 milhões em 2011 para aproximadamente 22 milhões em 2016, de acordo com os dados do INEP. Tudo isso, contribui para a exclusão social e fortalecimento do preconceito, dificultando o ensino - aprendizagem dessas pessoas. Nessa abordagem, é premente, portanto, superar a realidade aviltante descrita. Dessa forma, é preciso que o Estado fortaleça e amplie a formação docente em Libras através de cursos de formação e especialização. Juntamente, a família, a comunidade escolar e a sociedade devem contribuir para a redução da descriminação, dialogando e mostrando para seus filhos que o surdo é um ser humano igual a ele, apenas com uma limitação auditiva. Afinal, como afirmou Platão: "O importante não é viver, mas viver bem".