O filósofo Immanuel Kant, em suas bases retóricas, já ressaltava que o aperfeiçoamento da humanidade assentava-se no problema da educação. Embora que, na sociedade brasileira, exista modelos para a retração desse problema, o processo de construção educacional para surdos - assegurados por leis - ainda é, infeliz e historicamente, um desafio para formar uma nação organizada. Essa problemática é antiga em qualquer sociedade. No modelo político Medieval até meados do século XVI - com as comunidades indígenas - era comum a prática de abandono e exclusão de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. Diante disso, a inclusão de surdos no ambiente educacional era inexistente. Por consequência, essa visão preconceituosa ainda é refletida no precário diálogo nas escolas brasileiras e por ser considerado, muitas vezes, um tema prescindível nas esferas sociais. Por outro lado, existem ações afirmativas com o objetivo de minimizar esses desafios. A Lei de Portadores de Deficiência Física - 2015 - potencializa o necessitado em exercer suas funções de cidadão de forma igualitária. De um modo mais aprofundado, a compreensão pedagógica - em LIBRAS -, sistema de cotas e a posterior formação diplomática são fatores imprescindíveis, e de responsabilidade do Estado, para combater os desafios na elaboração de valores - de caráter educacional e humanitário - com pessoas surdas. Pra combater os desafios na construção educacional de surdos, portanto, urge haver ações engajadoras do Estado e Judiciário. Ao Governo, em primeiro plano, cabe ampliar a recepção de portadores de necessidades - surdos - através de cotas, utilizando também essa instituição formadora de valores para difundir, na área da Sociologia, debates que ditam acerca desse tema. Outrossim, o Estado deve - junto ao Judiciário - efetivar as leis existentes, com o propósito de garantir os direitos assegurados e incentivar o respeito para pessoas surdas. Por fim, esse mesmo órgão deve promover - através da mídia - propagandas engajadoras com o intuito de quebrar a visão preconceituosa e para que, sobretudo, o aperfeiçoamento kantiano esteja presente no quadro de educação no Brasil.