Título da redação:

DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO EDUCACIONAL DE SURDOS NO BRASIL (ESSA FOI A QUE FIZ NO ENEM 2017)

Tema de redação: ENEM 2017 - Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

Redação enviada em 05/11/2017

Na Idade Média, o conhecimento era restrito aos membros da aristocracia e a seus filhos. Essa mentalidade veio sendo modificada lentamente nos séculos seguintes. Hoje, conquanto os movimentos por uma educação inclusiva estejam bastante avançados, ainda há determinados segmentos, entre eles os deficientes auditivos, que sofrem parcial exclusão. Inicialmente, cumpre destacar que a baixa qualificação das equipes pedagógicas das escolas para ouvintes, ao lidar com alunos surdos, contribui negativamente para o formação deles. Nesse sentido, pesquisa publicada pela UFRJ revelou que, em escolas comuns, os estudantes surdos têm desempenho 12% inferior aos outros alunos e que mais de um terço dos professores admitiram não estar preparados para lidar com os alunos especiais. Isso ajuda a explicar a queda de mais de 10% nas matrículas de alunos surdos em classes comuns segundo o INEP. Nesse contexto, o estudante surdo tende a desmotivar-se e opta muitas vezes pela descontinuidade do curso o que impacta negativamente na sua formação educacional. Em adição a isso, cabe mencionar que a pouca oferta de escolas especiais concorre para dificultar o acesso do surdo à educação. Esse cenário é ilustrado por uma estimativa feita pela USP, que demostrou que o número de deficientes auditivos em idade escolar aumentou cerca de 17% na última década enquanto a rede especializada não registrou expansão condizente com esse aumento. Essa escassez de opções interfere diretamente na vida do estudante surdo e essa relação é tão óbvia quanto prejudicial pois na falta de amparo especializado, ou desistirá dos estudos ou irá para uma escola comum onde certamente não encontrará muitos elementos facilitadores. Desse modo, transpor empecilhos para a formação de alunos surdos é imprescindível para alcançar uma melhor unidade social. Para isso o Ministério da educação deve implementar o programa “Escola Inclusiva” que deverá promover a capacitação anual dos educadores para que saibam lidar com alunos especiais. O programa deve comtemplar ainda rodas de conversa quinzenais quando serão discutidos temas que ajudem a entender as dificuldades pelas quais passam os portadores dessa deficiência, os familiares dos alunos devem ser convidados para que as discussões possam ser levadas para dentro do lar. O Ministério do Planejamento deve canalizar recursos para a ampliação da rede de atendimento especializado.