No universo dos quadrinhos de “Daredevil”, Matt Murdock, que apesar de ser parcialmente cego, luta contra a injustiça todos os dias e mostra que uma deficiência não te impede de fazer as coisas. Fora dos gibis, essa não é uma realidade muito distante da enfrentada pelos deficientes auditivos na sociedade brasileira. Esse grupo sofre com a discriminação nos mais diversos tipos de lugares, inclusive nas salas de aula. Por conseguinte, esses fatos apontam a necessidade de discussão acerca dos desafios para a formação educacional dos surdos no país. Com a instauração da Segunda Guerra Mundial na década de 39, Hitler iniciou uma perseguição contra os deficientes com o intuito de “purificar” a raça Ariana. Oitenta anos depois, essa intolerância ainda é vista nas terras tupiniquins. Isso evidencia que a nossa sociedade é vítima de um sistema educacional negligente sobre os debates acerca das questões inclusivas no país. Os números comprovam: no ano de 2016, apenas cerca de 5 milhões de surdos estão matriculados em classes especiais, enquanto mais de 20 milhões estão matriculados em classes comuns, segundo o Inep. Além disso, é notável que apesar de ser um dos países mais miscigenados do planeta, o Brasil ainda não aceita as diferenças, onde o preconceito é o principal entrave à inclusão dos surdos. Muitas das vezes, o problema da não aceitação das diferenças, está na própria família e no senso comum que associa inutilidade ao indivíduo. Prova disso, é que muitas crianças e jovens portadoras de deficiência auditiva estão pelas ruas ao invés de estarem nas escolas. Medidas, portanto, são necessárias na tentativa de solucionar a questão da formação inclusiva no país. Em parceria com o MEC, as instituições de ensino devem contratar para cada turma com aluno deficiente, uma professora auxiliar especializada na deficiência característica, fazendo acompanhamentos diários nas atividades de sala, desenvoltura e debates para saber lidar nas ruas acerca da propagação de ódio que é gerada diariamente a fim de que a formação educacional desses indivíduos seja eficaz tanto para ele, quanto para os outros alunos da classe que não conhecem tanto o assunto e futuramente o mercado de trabalho seja amplo para quaisquer pessoas e tenhamos assim, um Brasil para todos. obs.: essa foi minha redação do enem.