Segundo o artigo 5 da constituição brasileira, todo cidadão é igual perante a lei, gozando mos deveres e direitos. Todavia, falta acessibilidade para alguns grupos do país, como é o caso dos surdos em formação educacional. Sob esse prisma, a realidade em questão é produto da falta de visibilidade do assunto pela população e falta de investimento governamental. Em primeira análise, é necessário ressaltar que a carência de visibilidade por parte da sociedade é consequência direta do individualismo humano, que prega para que cada indivíduo pense somente na sua vida e nas mudanças que a afetam, e, desse modo, deixa os demais em segundo plano. Também se faz imprescindível relatar que os veículos de comunicação em massa, maiores responsáveis pelo pensamento dos cidadãos, em muitos casos são omissos ao criarem belas e grandiosas propagandas não acompanhadas de ações práticas, as tornando metáforas de um poema parnasiano: com beleza estética indiscutível, porém deixando enormes lacunas de conteúdo. Em segunda perspectiva, com equivalente proporção, precisa-se relatar sobre o atraso da possibilidade de inserção de deficientes auditivos em instituições de ensino, haja vista que, de acordo com o historiador Boris Fausto, em seu livro A História do Brasil, ela só passou a existir em 1857, quando a Coroa Portuguesa criou a escola voltada para. Ainda na atualidade, há um enorme défict nessa área: a maior parte dos colégios da rede pública não estão preparados para educar alunos com tal limitação. Sob essa óptica, cabe aos governantes a responsabilidade de gerir os recursos financeiros sem que haja escassez para nenhuma parte da população, e, dessa forma, se terá recursos para investir na dinamização da acessibilidade. A dificuldade na formação educacional de surdos é uma realidade e precisa ser superada. A fim de dar visibilidade ao tema, mostrando a sua importância, o Poder Executivo Federal, sob forma do Ministério da Educação e Cultura, deve promover campanhas de divulgação, de forma que mostre para a sociedade o valor que há em zelar pelo próximo. Não suficiente, os Poderes Executivos Estaduais e Municipais devem aumentar o número de instituições capacitadas para receber os deficientes auditivos, com o intuito de democratizar a educação pública. Dessa maneira, não se violentará o artigo 5 da constituição.