Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Democratização da Informação no Brasil: Existe, de fato, liberdade de informação?

Redação enviada em 29/05/2016

No final dos anos 1970, o Brasil passava por mais de uma década de ditadura militar, quando Costa e Silva, presidente em exercício na época, instaurou o Ato Institucional nº 5 (AI-5). Em síntese, entre as inúmeras medidas impostas, uma delas, a censura, determinava que todos os meios de comunicações e produções artísticas deveriam ser analisados pelo governo anteriormente à qualquer publicação. Esse contexto está intrinsecamente ligado à realidade do país, como resultado, a grande mídia, atualmente, é controlada por cinco famílias que restringem e monopolizam a informação no país, seja pela insuficiência das leis, seja pela manipulação da notícia. A concessão pública para o exercício de trabalho midiático é dominada por grandes empresas desse ramo, que detém a maioria dos canais abertos de televisão e dos grandes jornais impressos de circulação, sendo as principais fontes de transmissão moderna, de acordo com o IBGE. Segundo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Seguindo essa linha de pensamento, a popularização da informação é inexistente e precária, não havendo harmonia devido à ausência de políticas públicas. Outrossim, observa-se que a opinião da grande massa, na maioria das vezes, é fortemente influenciada pelos instrumentos de comunicação, sendo esses, capazes de gerar mobilizações de temáticas políticas, econômicas e sociais. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, coercitividade e generalidade. De maneira análoga, a manipulação é notória na medida que temas específicos ganham maior visibilidade, todavia, outras temáticas de relevância nacional são ocultadas por contrariarem os interesses da elite transmissora. Torna-se evidente, portanto, que a democratização inexistente interfere na transmissão, não imparcial, da notícia. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal, aliado à esfera estadual e municipal do poder, deve elaborar um plano de implementação que vise garantir espaços nos canais abertos de televisão para temas de caráter regional em diferentes localidades, como assuntos de centrais sindicais dos trabalhadores e projetos culturais, além de, em parceria com o Ministério da Comunicação, estimular a difusão da inclusão digital e a criação de mídias alternativas, garantindo a pluralidade da busca pelo conhecimento. Desse modo, esse fato social será gradativamente minimizado no país.