Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Democratização da Informação no Brasil: Existe, de fato, liberdade de informação?

Redação enviada em 22/09/2017

Após anos de desenvolvimento tecnológico, o homem conseguiu estruturar a sociedade globalizada, na qual nos inserimos, com notícias correndo pelo mundo de forma quase instantânea, e disponível para uma grande parcela da população. Todavia, a democratização da informação está longe de ser alcançada, visto que as massas não procuram dados importantes ou pertinentes, utilizando os novos aparelhos e seus aplicativos, predominantemente, como uma forma de distrair-se da realidade. A fonte para esse cenário se encontra no parco conhecimento de mundo que elas possuem, o que cria um bloqueio para a absorção de novos conteúdos em seu cotidiano, visto que para uma informação se tornar útil a alguém, é preciso que, na maioria dos casos, seja relacionada coligações com outras. Consoante John Locke, nascemos tal como uma tabula rasa, ou seja, não temos um conhecimento inerente a nós, sendo esse conquistando durante nossas vidas com a experiência, e como , para a maioria da sociedade, não há acesso a isso, esse se mantém próximo ao seu seu estágio inicial. E com isso ocorre em função da modalidade de ensino conteudista adotado atualmente, que funciona como um fator complicador para a aprendizagem, visto que esse modelo não relaciona os conceitos aprendidos com o presente, dessarte promovendo um distanciamento do aluno, que não vê razão para compreender aquilo. A séculos atrás, Rousseau descreveu um modelo escolar em que o estudante seria ensinado sobre assuntos que fariam parte da sua rotina - como gestão financeira e cidadania - , o que permitiria a construção de um saber pleno e inter-relacionado com o mundo a sua volta. Ademais, a infraestrutura oferecida por essas instituições é altamente desestimulante, com falta de professores e materiais, a moral de quem vive em tal meio é prejudicada, e , muitas vezes, o faz desistir. E essa situação está ligada a forma com que os investimentos em educação são feitos, estimulando-se a construção de novas escolas em detrimento da manutenção das atuais, gerando um gasto maior, levando-se em consideração que criar é mais dispendioso que reparar, e o retorno é uma estrutura que terá o mesmo fim da que buscou substituir. Infere-se, portanto, que o Ministério da Educação deve alterar, por intermédio de votações sobre propostas desenvolvidas por educadores, a ementa da grade curricular atual, incluindo debates atuais sobre temas como política e economia, e os relacionando com o que é aprendido em sala de aula. Além disso, é fundamental que o Ministério das Cidades substitua as diretrizes de construção de novas estruturas escolares por outras que busquem reformas as atuais, visando um retorno a longo prazo mais efetivo por um menor preço. Outrossim, é necessário que o Ministério da Cultura promova oficinas de interpretação textual e literatura, visando o desenvolvimento da habilidade, por parte das massas, de compreender textos, o que é o caminho para a edificação de uma efetiva liberdade de informação.