Durante a ditadura militar, principalmente após a instauração do AI 5, a liberdade de expressão foi, inquestionavelmente, reprimida. A censura, com a redemocratização, chegou ao fim e é proibida pela Constituição Federal de 1988. A liberdade de informação, todavia, encontra obstáculos, também, no presente contexto nacional. A informação entrou no jogo de poder e gera promiscuidade entre público e privado, sendo retida ao invés de ser transmitida, por outro lado, com o surgimento da internet, a sociedade encontrou nela um canal para as suas opiniões. É fundamental analisar, antes de tudo, que a mídia se tornou interceptora de informação. Embora ela tenha surgido com o papel de trazer informação aos cidadãos, está, cada vez mais, inserida no jogo de interesses, trazendo à tona apenas uma perspectiva. Haja vista a quantidade de políticos encontrados como sócios de emissoras de rádio ou televisão, o que fere o artigo 54, além do quinto parágrafo do artigo 220 da Constituição. A mídia, dessa forma, não é apenas parcial, mas também é manipuladora da realidade. Tendo em vista a cobertura das Jornadas de junho de 2013, apresentadas não como movimentos de descontentamento da população, mas como ações de vandalismos. Ela, sendo assim, deixou de ser transmissora de informação para ser interceptora. Convém apontar, assim, que a internet se apresenta como escapatória para a manipulação midiática. Uma vez que nela há uma diversidade e pluralidade de informações. É, por conseguinte, para ela que muitos recorrem tanto para informar-se quanto para buscar a veracidade das informações das grandes emissoras. Além disso, aliada ao advento das redes sociais, especialmente o Facebook, surge como a voz das opiniões locais e dos menos favorecidos, o que diminui a influência da grande mídia e fortalece as causas desses. Entretanto, muito ainda pode ser feito, em virtude de pouco mais da metade dos brasileiros possuírem acesso à internet em suas casas, enquanto quase toda a população tem televisores. São necessárias, portanto, algumas medidas para tornar a informação mais democrática no país. Desse modo, cabe ao governo um maior controle das mídias, ao fiscalizar, com a ajuda de órgãos como o Ministério Público Federal e ONGs, o envolvimento de políticos e emissoras. Ademais, a escola investir em um olhar mais crítico em seus alunos, através de palestras, debates e aulas de análise de discurso, de forma que eles saibam interpretar e se posicionar com relação ao que for apresentado, mesmo que tenha sido produzido parcialmente. Encontraremos, dessa maneira, a liberdade de informação de fato.