Desde os processos históricos denominados “revoluções industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Dessa forma, podemos perceber que a informação que chega até os brasileiros pode ser manipulada facilmente pela mídia, tendo notícias não condizentes com a veracidade dos fatos ou subordinadas a classe dominante, ocorrendo então, uma pseudo democratização da informação. Com a globalização e os avanços tecnológicos fundamentados no século XX, tais como a chegada da internet, e o fácil acesso as telecomunicações, obtemos uma demasiada quantidade de informação em milionésimos de segundos. Ainda assim, apesar da circulação da mesma ter se tornado mais ampla na era digital, no Brasil, cerca de 50% da população não possui acesso as redes de internet, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ademais, o que deteriora a mídia é que esta é totalmente manipulável e maleável as demandas da minoria social – classe dominante –, onde se é imposto subjetivamente uma certa demagogia imposta as massas. Para Émily Durkheim, o homem só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, saber quais são suas origens e as condições de que depende, logo, o direito de cada cidadão efetiva-se em uma sociedade em que cada individuo pode reunir, formar e expressar suas opiniões de acordo com a sua necessidade. Tendo em vista os aspectos observados, percebe-se que os problemas de acesso à informação e a manipulação das ideias pela mídia concentram-se nas massas brasileiras. O Governo deve investir em redes de internet liberadas nas regiões periféricas do país, onde todos tenham acesso à internet, e também em laboratórios de informática nas Instituições da região, como escolas e ONGS, garantindo informação educativa a todos. Além disso, o mesmo deve criar leis para que as mídias como canais de televisão, rádio, e jornais desvinculem-se da classe dominante, trazendo então, noticias e entretenimento de forma política, pois como diz o sociólogo Michel Foucalt: “Nada é político, tudo é politizável, tudo pode tornar-se político”.