Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Democratização da Informação no Brasil: Existe, de fato, liberdade de informação?

Redação enviada em 03/10/2016

Durante a Ditadura Militar Brasileira, o Estado, principalmente após o AI5, controlava aquilo que poderia ou não ser difundido no país. Nessa época, artistas como Geraldo Vandré, por exemplo, tiveram obras suas censuradas. No Brasil contemporâneo, no entanto, a liberdade de expressão e de acesso à informação são conquistas assegurados pela Carta Magna de 1988. Apesar da garantia legal, até hoje os brasileiros são constantemente censurados na sua busca por conhecimento. Muitas pessoas acreditam que a internet democratizou o acesso à informação, já que o meio virtual permite que todos os seus usuários, sem distinções sociais, possam pesquisar sobre diversos conteúdos. Esse pensamento, contudo, desconsidera que, no Brasil, segundo a TIC de Domicílios de 2014, apenas 50% da população tem acesso à internet em casa. Dessa forma, como também não há espaços públicos expressivos para atender àqueles que não possuem essa tecnologia em casa, para inúmeras famílias sua fonte de notícias principal continua sendo as mídias tradicionais, como a televisão e a rádio. Assim, como há no país um controle desses meios por grandes corporações midiáticas, a mensagem transmitida para esses lares é, muitas vezes, selecionada e moldada para atender a interesses particulares. Com isso, a censura de outrora continua em vigor no país tupiniquim. Até mesmo para aqueles atendidos pela internet, entretanto, o acesso à informação ainda não é pleno. Isso porque os cidadãos são educados, na escola, a adquirir conhecimento de forma passiva, uma vez que aquilo que será aprendido é selecionado previamente pelo professor e não pela curiosidade do aluno, bem como os conteúdos são transmitidos de forma vertical, quase sempre sem a possibilidade de debates. Desse modo, muitos são incapazes de questionamento em relação àquilo que lhes está sendo apresentado, assim como são incapazes de enxergarem-se como ativos nas suas buscas por saberes. Com isso, em um meio repleto de conteúdos, como o ambiente virtual, esses indivíduos ainda são facilmente manipuláveis pelas informações que os atingem e são pouco capazes de explorar ativamente esse espaço como uma fonte pessoal de aprendizado. Torna-se evidente, portanto, que não existe, no Brasil, a democratização do acesso à informação. Para que isso seja uma realidade no país, é fundamental que os governos estaduais e municipais criem bibliotecas públicas acessíveis, nas quais os usuários tenham disponíveis, além de livros, computadores com internet, como na Biblioteca Parque do Rio de Janeiro. A fim de viabilizar o projeto, pode-se fazer parcerias público-privadas, de modo que a esfera privada seja estimulada por isenções fiscais. Outrossim, é necessário que, a longo prazo, o MEC reformule a educação básica, de modo que essa passe a ser mais construtiva e com a participação mais ativa dos estudantes. Nesse sentido, pode-se usar como exemplo a Escola Pontes portuguesa. Destarte, será possível para os brasileiros se libertarem, finalmente, de suas algemas passadas.