Título da redação:

Penso, logo existo

Tema de redação: Democratização da Informação no Brasil: Existe, de fato, liberdade de informação?

Redação enviada em 28/09/2017

A nova série britânica lançada na Netflix chamada "Black Mirror" retrata alienação da população através dos meios de propagação de informações, já fora da ficção, isso é uma realidade no Brasil. É notável que o abuso de poder da mídia traz prejuízos à sociedade, tendo em vista a falta de veracidade das informações prestadas. Além disso, a população tem plena liberdade de informação mas carece de educação. Nesse sentido, é preciso conciliar esses dois fatores para que haja um equilíbrio. Percebe-se como é fácil construir o medo mediante à alienação e à manipulação e o quanto as ideias e identidades podem ser facilmente moldados pelas instituições de poder, seja ela a mídia, o governo ou até mesmo a religião. Em decorrência dos avanços tecnológicos e sociais, o direito coletivo à informação não é somente uma responsabilidade, mas sim uma necessidade pois o cidadão tem o direito de ser devidamente informado sobre os acontecimentos em seu meio. Segundo o escritor Charles Colton “A má informação é mais desesperadora que a não-informação”. Essa frase deixa nítida o compromisso que deve ser assumido por parte das fontes de propagação de informação. Outrossim, o telespectador tem a liberdade de informação, assegurado com a implantação do Artigo 5° na constituição de 1988 em contrapartida ao AI-5 instalado durante a ditadura militar. Entretanto, é necessário a construção de um pensamento crítico, que é construído através da educação. Porém o ensino público fornecido é precário e a alienação se torna cada vez maior. O filósofo René Descartes se utilizou do método da dúvida hiperbólica para chegar a conclusão de que se um ser é pensante, logo ele existe. Desse modo, temos que formar uma sociedade capaz de duvidar das próprias informações para discernir a autenticidade dos variados tipos de informações divulgados. Sendo assim, para que então se tenha uma real liberdade de informação na nação, é de extrema importância que o Ministério da Educação garanta uma educação pública de qualidade, elaborando mais debates políticos, sociais e culturais nas escolas e que o CONAR, juntamente com os órgãos não-governamentais, dê incentivos fiscais para a estimular a auto regulação dos meios de informação.