Título da redação:

Mídia: Transmissora ou Interceptora de Informação?

Tema de redação: Democratização da Informação no Brasil: Existe, de fato, liberdade de informação?

Redação enviada em 09/06/2016

A mídia imparcial, clara e concisa é utópica ao longo da história brasileira. Na década de 30, com o regime ditatorial de Vargas, o meio comunicador de maior influência era o rádio. O programa “A Voz do Brasil” serviu para enaltecer a imagem do presidente e de manipulação de massa. Do mesmo modo, a mídia atual ainda possui traços da década de 30, este retrocesso tem preço danoso para a sociedade que vivencia há tão pouco tempo, apesar de não totalmente consolidado, o sistema democrático. A “jovem” democracia brasileira sofre ataques constantemente de vários setores da sociedade. A mídia televisiva e impressa constitui um único viés de informação da maioria da população que, erroneamente, acredita na fidedignidade desses meios de comunicação. Hoje, a internet aliou-se ao jornalismo – 85,6 milhões de brasileiros, 49,4% da população têm acesso à rede mundial – e entrou no combate desse monopólio que cerca o país de informações não satisfatórias e nem democráticas. Apesar de tamanhas mudanças, os interesses dos grupos que controlam a mídia brasileira ainda são fortes, assim sendo, a constituição dos meios de comunicação estão com brechas passíveis de mudanças imediatas para solucionar tais problemas. Sabidamente, a democracia representativa tem como principal poder a opinião pública. O povo brasileiro já serviu de cobaia para golpes parlamentares corroborados pela mídia e, ainda assim, a população continua seguindo seus parâmetros. A incapacidade do indivíduo de ir à busca da leitura de outros meios e direções informativas representam o déficit do nível cultural e intelectual do brasileiro. Este nível é primordial para uma sociedade viver numa plena democracia, por conseguinte, o cidadão reconhece que a mídia é transmissora e não interceptora de informação. Para tanto, a sociedade civil não merece pagar, novamente, o preço da retirada da liberdade de informação. Cabe ao poder legislativo, elaborar leis de punição que intimidem as grandes mídias de veicularem informações e fatos parciais, ou que fujam da verdade, mediante interrupção da transmissão ou multa. E, essencialmente, as instituições educacionais desenvolvam o senso crítico, cultural e intelectual dos jovens para que se tornem adultos questionadores de todos os fatos. Em vista disso, segundo Kant, o homem somente pode ser homem com a educação.