A chegada da internet ao Brasil, discretamente na década de 90, e mais disseminada a partir de 2000, tornou o ambiente midiático mais democrático e garantiu voz a população que antes apenas se manifestavam indo às ruas. Com o crescimento da presença da internet nas residências brasileiras, pode-se afirmar que o poder de influência da TV e do rádio perdeu força, assim como deu destaque às formas de expressão de cada indivíduo. A influência que a TV e o rádio exerceram com mais rigor décadas atrás sobre as pessoas, pode ser explicada pelo fato de que sua principal característica, a de fornecer informações dignas, divide atenção com a sua parte comercial, a propaganda. Transmitir o que as pessoas querem ver e ouvir limita a realidade e torna a comunicação abstrata. Como consequência, os telespectadores sem espaço para praticar sua liberdade de expressão, viram meros receptivos que não acrescentam muita coisa ao desenvolvimento das informações. Além disso, esses veículos começaram a ser muito criticados recentemente com o advento, ou melhor, crescimento de seu concorrente, a internet. Ela mudou a maneira de transmitir as informações, antes passadas de forma unilateral, agora a plataforma online permite a multilateralidade ao disponibilizar a busca por noticias dos mais variados gêneros, assim como dispor espaço para opiniões, reflexões e depoimentos, retirando a anonimidade do receptor e lhe dando representatividade. Sendo assim, se as pessoas estão mais expressivas, menor será o grau de manipulação que o veiculo de comunicação exercerá sobre elas. Dessa forma, portanto, é preciso estimular as novas tecnologias da informação, de modo a oferecer um rol diversificado de dispositivos de comunicação, para não tornar essa área obsoleta e garantir, assim como expresso na Constituição Federal de 88, a liberdade de expressão, que é uma poderosa ferramenta de combate e prevenção a práticas como o racismo, a homofobia, estupro e outros crimes.