Título da redação:

Liberdade contemporânea: uma sociedade alienada

Tema de redação: Democratização da Informação no Brasil: Existe, de fato, liberdade de informação?

Redação enviada em 04/06/2016

Segundo Theodor Adorno, sociólogo e filósofo, a indústria cultural impede a formação de indivíduos capazes de julgar e decidir conscientemente. Essa afirmação está diretamente ligada a contemporaneidade, quando a questão é liberdade de informação. Apesar da rapidez e eficiência não integrarem toda a história desse cenário, os benefícios adquiridos gradativamente tornaram-se motivos de discussões e inquietação. O período comunicacional que antecedeu a Idade Moderna era caracterizado pela lentidão das cartas e a ainda desconhecida rede telefônica. Com efeito, mesmo após a evolução implícita dos meios de intercomunicação naquele momento, o corpo social deparou-se com notícias e dados marcados pelas restrições. Afinal, instrumentos como o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) criado na Era Vargas, assim como o rigor da Ditadura Militar, impuseram e agravaram a censura, delimitando a suposta liberdade. No entanto, a expansão tecnológica atrelada a internet e as redes sociais, radicalizou o contexto vivido até então. A facilidade em obter celulares e televisões, bem como a velocidade com que as informações chegam aos indivíduos promovem a incerteza quanto a veracidade e a seriedade dos fatos. Desse modo, a autonomia torna-se sinônimo de responsabilidade. Dado o exposto, tanto a imprensa como sites de grande visualização devem policiar o que é noticiado através de ética e cautela. Além disso, órgãos do primeiro setor precisam garantir o direito e o espaço de manifestação de qualquer cidadão, ao mesmo tempo em que fiscaliza e pune atos errôneos e equivocados. É necessário impedir a formação de uma sociedade alienada, com base em educação e transparência.