O art. 5º da Constituição Federal do Brasil garante o acesso à informação de cunho particular e coletivo a todos, todavia é possível afirmar que há uma crise na democratização do acesso a ela. Isso se evidencia não apenas pela desigualdade na distribuição dos meios de comunicação pelas regiões, mas também pela sua manipulação tendenciosa aliada a insegurança quanto a veracidade de fatos publicados. Segundo Aristóteles, o homem é um ser social. Logo, é de suma importância que o indivíduo tenha acesso às informações, já que, por meio delas, ele forma sua opinião, diretrizes e conduta na sociedade, porém o que se vê no Brasil é uma desigualdade na distribuição dos meios de comunicação, evidenciadas principalmente entre as zonas rurais e urbanas, consequentemente limita a democracia. Outrossim, os cidadãos, muitas vezes, são cobertos por notícias fornecidas por uma mídia manipuladora, a fim de favorecer interesses de grupos seletos, seja de empresas ou de políticos, tal como na ditadura militar, onde se censurava a mídia, amparados pelo Ato Constitucional nº 5 (AI-5), entretanto, agora, sem utilizar de força física. Além disso, a população ainda tem de conviver com a insegurança quanto a veracidade das informações. Existem até sites especializados em viralizar notícias falsas, o que pode causar danos a sociedade, como por exemplo, os falsos anúncios de epidemia de ebola no Brasil em 2013 e 2014, pelas redes sociais. Desse modo, torna-se cada vez mais difícil distinguir o real do irreal e se posicionar a respeito de determinados assuntos O governo deve, portanto, em seu afã estatal, investir, amplamente, na distribuição igualitária dos meios de comunicação nas diversas regiões do país, através do Ministério das comunicações, em conjunto com a ANATEL, a fim de que os cidadãos possam ter acesso às diversas fontes de informação e assim desenvolver suas opiniões e diretrizes democraticamente.