Título da redação:

Era digital.

Tema de redação: Democratização da Informação no Brasil: Existe, de fato, liberdade de informação?

Redação enviada em 15/11/2016

Passando pelas revoluções comunicacionais: escrita, imprensa e fotografia, hoje, vivemos uma verdadeira era digital, marcada pela supressão do meio físico no processo de transmissão de informações. Dessa forma, com a difusão dos meios de comunicação, o fluxo de notícias é cada vez maior. No entanto, a centração dos meios de comunicação e a exclusão de parte da sociedade do processo informacional impedem a total democratização da informação no Brasil. É importante considerar, antes de tudo, que atual configuração dos meios de comunicação brasileiros impede a pluralização da informação. No país, um mesmo grupo pode controlar diversos meios de comunicação: rádio, televisão, internet, jornal, revista. Isso, aliado ao fato de que a mídia não é imparcial, ou seja, ela é direcionada por fatores externos (como o desejo do mercado e do público-alvo), faz com que o cidadão não tenha acesso a diferentes pontos de vista, sendo, muitas vezes, persuadidos por aquelas ideais veiculadas no canal emissor. Além disso, no Brasil ainda não há o igual acesso de toda população ao processo informacional. É notório que o processo comunicacional passou por mudanças nos últimos anos. Antes, este era unilateral, com um receptor passivo, que apenas recebia informações do emissor, porém, hoje, o processo é multilateral, já que o receptor se tornou ativo e é tanto produtor como consumidor de informações. De fato, a internet foi o principal fator que possibilitou o empoderamento desse receptor, no entanto, são aqueles que dominam os meios de comunicação que conseguem difundir efetivamente suas opiniões e, consequentemente, alcançar um maior público. Fica claro, portanto, que não há um igual acesso de toda sociedade à informação e à produção desta. Dessa forma, o governo e a sociedade devem, juntos, garantir o direito à informação, atuando contra as diferenças econômicas, sociais e políticas que impedem o cidadão de participar ativamente desse processo. É somente através do acesso à comunicação que a sociedade poderá reivindicar outros direitos fundamentais, como a saúde, educação e cultura.