Título da redação:

Cartel da informação

Tema de redação: Democratização da Informação no Brasil: Existe, de fato, liberdade de informação?

Redação enviada em 13/07/2016

Durante o Regime Militar a população brasileira teve o acesso a informação tolhido pelos poderes dominantes. Após a deposição do presidente João Goulart, jornais como "Politika" e "O semanário" foram depredados sob a acusação de oposição ideológica aos militares. E embora constate-se teórico progresso, esta estrutura de controle de notícias ainda não foi superada, seja pela influência de políticos, seja pela dominação das mídias por parte de empresas privadas. Em primeiro plano, é indubitável que a coligação entre políticos e portais de comunicação esteja entre as causas do problema. Apesar de ser uma proibição constitucional, um levantamento feito pelo Portal Imprensa aponta que 271 parlamentares do Congresso Nacional são sócios ou diretores de veículos de comunicação. Com isso, torna-se complexa a tentativa de dimensionar a distância entre opinião e informação, visto que ambas são apresentadas de forma homogênea pelas mídias ditas democráticas. Dessa forma, compreende-se que este modelo que tende a padronizar as formas de pensar deve ser erradicado. Ademais, destaca-se a monopolização feita pela iniciativa privada como intensificador desta pseudo-liberdade. Desde a Revolução Técnico-informacional no século XX, têm-se crido na democratização da informação advinda da diversidade de sites, revistas, jornais; sem, contudo, levar em consideração a coalizão das redes informacionais. De acordo com José Reinaldo, secretário da comunicação do PCdoB, a família Civita, responsável pela Editora Abril, configura um exemplo de "deformador da democracia" já que tem praticado a massificação da opinião pública através do monopólio da informação. Assim, nota-se a necessidade de empreender esforços que visem o fim deste paradigma. Entende-se, pois, que com o intuito de reverter esse panorama, a sociedade deve pressionar, por meio de manifestações, as instâncias legislativas federais para que aprovem repasses ao Ministério de Ciência, Tecnologia, inovações e Comunicações, a fim de que implementem institutos fiscalizadores de combate aos crimes de formação de consórcios e de vínculo entre partidários e meios de comunicação. Internamente, esse órgãos devem priorizar, ainda, a modernização operacional de forma a inviabilizar a impunidade. Desta maneira, o alcance dessas ações instaurarão um futuro de liberdade e conhecimento.