A total liberdade de informação é um conceito utópico na nossa sociedade atual, pois o acesso pleno de todos os cidadãos a informações "imparciais" necessitaria de uma sociedade que tem total acesso a diversas fontes com interesses diferentes e uma capacidade de julgar, baseado em sua visão de mundo, o que convém ou não. A internet, de certa forma, colabora para que as pessoas tenham acesso a opiniões diversas, incluindo aquelas consideradas subversivas e que não são veiculadas normalmente por conta da possível repressão. Publicadores independentes não precisam agradar a grandes corporações para manter-se no ramo, por exemplo, o que já representa uma mudança de paradigma social em relação a grande mídia, que é "obrigada" a noticiar apenas o que vende mais ou agrada aqueles que detêm poder. Porém, com o advento das redes sociais e outras tecnologias, opiniões adversas a do usuário são filtradas, o que cria uma noção de unanimidade sobre temas muitas vezes polêmicos, fazendo com que o sujeito tenha mais dificuldade em aceitar informações cujas conclusões diferem das que ele já conhece, criando uma "bolha" onde a informação não é democrática, e sim, selecionada para, novamente, agradar o leitor. A censura de opiniões diversas censura também o raciocínio individual, já que não é necessário pensar sobre como uma visão diferente de um mesmo tópico pode engrandecer as suas pré-concepções. Portanto, para que haja maior liberdade na informação, é necessário uma mudança na forma como os meios de imprensa são utilizados, incluindo a Internet. É preciso expor as pessoas a vários ângulos diferentes de um mesmo assunto, e não tratar opiniões pessoais como verdades absolutas.