Título da redação:

Cyberbullying: A Face Oculta da Violência

Tema de redação: Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.

Redação enviada em 26/07/2015

O cyberbullying é um termo que tem sido muito utilizado no século XXI para caracterizar agressões verbais, virtuais e psicológicas feitas de maneira repetitiva por uma ou mais pessoas contra um indivíduo. Na internet e no celular, mensagens, fotos e comentário depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying mais perverso e difícil de combater, haja vista que o agressor muita das vezes é anônimo. Contudo, tal prática vil, tem gerado além do aumento da violência simbólica, o aumento da taxa de suicídio e depressão entre os jovens. Rehtaeh Parsons, 17 anos e Amanda Todd, 15 anos, vitimas de cyberbullying, cometerão suicídio em 2012. Esses são exemplos de dois casos entre vários outros, de jovens que tiveram suas vidas arruinadas pela intolerância e agressões cometidas pela falta de consciência e respeito ao próximo. Segundo a revista Abril, 42% dos adolescentes com acesso a tecnologia, relatam terem sido vítimas da violência virtual. Isso mostra a liquidez das relações interpessoais na sociedade contemporânea, baseada no egocentrismo e superficialismo, como mostra o sociólogo Bauman, em seu livro “Sociedade Liquida”. Além disso, na sociedade hodierna, a intolerância da massa social diante de um desvio de conduta dos padrões vigentes e das diferenças, torna se digno de desprezo e reprovação, gerando assim a violência e o preconceito. Isso mostra que o cyberbullying é mais uma consequência da lógica excludente da neurótica sociedade pós-moderna, despreparada para interagir com a diversidade de perspectivas. Essa conjuntura é preocupante e merece atenção da sociedade. Fica evidente, portanto, que o cyberbullying é mais uma consequência das relações líquidas da sociedade contemporânea. Para mudar tal quadro, faz se necessário que o indivíduo tenha consciência do direito do próximo e respeito às diferenças. As famílias devem ficar atentas e conversarem com seus filhos sobre o assunto, fiscalizar, impor limites e alertar para os riscos do uso indevido da tecnologia. Ademais, o Estado deve investir em leis que punam a ação do bullying virtual, deve aborda os temas nos livros didáticos fornecidos para escolas públicas, incentivando assim o debate sobre tolerância, respeito, ética e moral nas escolas, realizar macroações nas comunidades, através de palestras que discutam o uso indevido das tecnologias e as agressões virtuais, levando informações e orientações para as famílias. Essas medidas contribuíram para amenizar as consequências do cyberbullying.