Título da redação:

Crianças e Internet: Os Perigos do Cyberbullying

Tema de redação: Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.

Redação enviada em 20/08/2015

Cyberbullying é o uso do ambiente virtual para ferir ou constranger pessoas, para a prática conhecida como bullying. Ele surpreendeu a sociedade moderna, pois a tecnologia avança tão rapidamente que o planejamento social para ela não é feito. O preocupante avanço do número de vítimas de cyberbullying revela o quão despreparadas estão as crianças e os adolescentes para lidarem com a enormidade do ambiente virtual. Os números das vítimas do cyberbullying cresce todos os dias. Em Portugal, a quantidade de crianças entre nove e dezesseis anos que sofreram esta violência cresceu de 2% para 5% entre 2010 e 2014. A média europeia é ainda maior, de 7%. Um terço das vítimas afirma que os agressores utilizavam mensagens instantâneas de celulares para os ataques, dentre outras tecnologias, incluindo correio eletrônico e bate-papo virtual. Isto indica que crianças de nove anos carregam consigo celulares e acessam sites de comunicação instantânea. O despreparo emocional para lidar com o acesso à internet é o verdadeiro problema. As crianças são iniciadas cedo demais no ambiente virtual para entenderem ao quê estão sujeitas estando em contato com ele. A informática é uma ferramenta poderosa. Ela alterou o cenário mundial desde que foi cedida aos civis pelos militares. Em seu lado positivo, pessoas de todos os cantos do mundo a usam para unir assinaturas para mobilizar causas ambientais e humanitárias. Em seu lado negativo, pessoas ou grupos se unem para destruir a vida de indivíduos, valendo-se do anonimato disponibilizado pelo ambiente virtual. O cyberbullying é a evolução natural do bullying, que utiliza essa tecnologia de origem militar para seus propósitos com mais segurança e abrangência, o primeiro está para o segundo como pistoleiros estão para pugilistas; e nessa comparação, a internet é a arma de fogo. Assim, as mentes infantis e juvenis lidam com indivíduos que possuem anonimato assegurado, ou seja, que podem ofendê-las impunemente. Os pais não podem negligenciar esta possibilidade. Cabe a pais e responsáveis a devida instrução de crianças e adolescentes para prepará-los à multiplicidade colossal de informações que podem ser obtidas no ambiente virtual. Em vez de remediar a situação – tendo que reparar o dano emocional de uma criança já submetida ao bullying –, devem restringir o contato da criança e do adolescente a ambientes virtuais saudáveis, isto inclui conceder celulares e acesso a computadores apenas àqueles que possuem a maturidade adequada, e mesmo assim, restringir o acesso a determinados sites de conteúdo perigoso (particularmente os sites de bate-papo), e – principalmente – manter sempre aberto o diálogo com eles, para que os sinais do problema possam ser identificados caso surjam.