Título da redação:

Ciberbullying

Tema de redação: Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.

Redação enviada em 20/08/2015

O ato de vilipendiar, intimidar e hostilizar uma pessoa ou determinado grupo em face de suas características físicas, religiosas, raciais etc, é conhecido como bullying. Essa prática, comumente realizada nas escolas, também está inserida no contexto do trabalho, no âmbito familiar, bem como no ambiente virtual (o ciberbullying) sendo, este último, muito agressivo. Por isso, faz-se necessário promover medidas que vão de encontro a essa problemática, com a atuação conjunta do Estado, da sociedade e da escola. A prática do bullying nas escolas tem sido amplamente discutida na sociedade como um terrível flagelo da educação. Não obstante, o ciberbullying ultrapassou os limites estruturais da escola e ganhou proporções inauditas – haja vista o caráter continental da internet – e, como consequência, pode causar o desenvolvimento de doenças como a depressão, a ansiedade e os distúrbios de comportamento, que por sua vez, podem levar a casos extremos como o de suicídio. Desse modo, o ciberbullying deve ser encarado também como um problema de saúde pública. No entanto, deve-se considerar que o ciberbullying é uma especialização do bullying presencial, ou seja, aquele tradicionalmente praticado nas escolas e, portanto, deve-se fomentar no ambiente educacional uma discussão mais aprofundada sobre o tema. Não basta apenas punir, é preciso identificar e tratar as causas e não só o efeito, visto que no ambiente virtual o praticante do bullying está “protegido” pelo anonimato. Contudo, é preciso salientar que o ciberbullying é uma prática ilícita e seus adeptos podem responder criminalmente. Sendo assim, faz-se necessário desenvolver mecanismos de combate ao ciberbullying e, para isso, é preciso recorrer aos meios punitivos como forma de intimidar os agressores. Porém, punição – por si só – não é solução e, por isso, deve-se promover também um amplo debate (nas escolas e na sociedade) acerca dos problemas que levam à prática dessas atrocidades, como por exemplo, identificar o contexto social e familiar dos agressores que, em muitos casos, também são vítimas de um Estado falho no seu papel provedor de políticas assistenciais.